Neymar pode jogar nos Estados Unidos. E isso é uma péssima notícia para o torcedor brasileiro

Carlos Corrêa / Interino

Goste-se ou não de Neymar, é fato incontestável que ele é o melhor e mais importante jogador brasileiro da sua geração. Seu comportamento fora dos gramados gera muita antipatia, mas são coisas diferentes. E nem entro no mérito de onde ele se encaixa no cenário internacional, até porque sou da turma que acha que ele nunca esteve sequer perto do nível de um Messi e um Cristiano Ronaldo. Mas também, esses dois são ETs.

Fato é que o noticiário dá conta que Neymar está sendo disputado por dois clubes da liga norte-americana: o Inter Miami – de Messi e Suárez – e o Chicago Fire. E isso é uma péssima notícia para o futebol brasileiro por vários aspectos.

O primeiro tem a ver com o nível técnico da MLS. Que pode ter melhorado nos últimos anos, mas ainda está muito abaixo de outras ligas, incluindo o Brasileirão. E isso em ano de véspera de Copa do Mundo é um risco.

Para chegar ao Mundial no ápice, o ideal é estar disputando a competição mais qualificada possível. Não é o caso. Neymar ainda é o melhor jogador do Brasil e é um desperdício não ter ele nas melhores condições, coisa que a MLS não proporciona.

O outro problema é de modelo. Se um cara como ele não está mais preocupado em títulos importantes, qual a mensagem passa para todos os jovens jogadores que o admiram?

Se ele, que já tem dinheiro para umas três gerações, ainda opta pela proposta financeira mais vantajosa ou abre mão de chegar melhor na Copa em prol de jogar de novo com os amigos, o que vamos esperar de toda uma geração de novos jogadores que ainda se espelham em nomes como o de Neymar?

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