No dia da anulação da escravatura no Brasil, queremos te invitar para a libertação de padrões coloniais que são perpetuados no nosso cotidiano nos dias atuais, que nos transformaram em colonos descendentes, escravos do sistema e reprodutores de modelos exploratórios que limitam e restringem nossas visões de mundo e referências de agir em sociedade.
Para isso, queremos relatar a história de uma construção coletiva, do promanação de um organização vivo, que propõe um novo padrão de negócios, mas também um caminho de libertação para todos nós.
Manifestar que a revolução é coletiva pode parecer uma frase de efeito, porém esta reflexão é uma chamada à ação para fazermos dissemelhante do que fomos ensinados a fazer. O que vestimos e o que consideramos belo e desejável, passa por uma construção de subjetividades, moldada pela mídia, pelos intelectuais e influenciadores, pelos livros e pelas escolas, é uma construção social estabelecida ao longo dos séculos. As escolas do ensino fundamental ao superior vem sendo um dispositivo colonial que exterminam culturas, memórias, saberes e legados dos povos originários afro e indígenas no Brasil, introduzindo narrativas únicas a partir do pensamento eurocentrado.
Desde 2003 e 2008, foram instituídas a obrigatoriedade do ensino da história e culturas africana e afro-brasileira e indígenas, no ensino fundamental e médio, pelas leis 10.639 e 11.645. Mesmo depois duas décadas, as leis têm tido grande dificuldade de serem implementadas na prática e levante cenário também demonstra que corpos e conhecimentos de pessoas negras e indígenas continuam sendo “ejetadas” dos espaços de conhecimento.
Num quadro ampliado para o ensino superior, o Jornal de Brasília anunciou que unicamente 3% das universidades têm justiça racial entre professores, em um recorte sobre os cursos superiores de design, encontramos uma maioria de estudantes brancos, que representam 70% dos designers em formação (CES). Em um país com 56,6% da população negra uma vez que o Brasil, segundo o IBGE, levante cenário revela o racismo estrutural que atravessa a sociedade e se consolida nas instituições do ensino fundamental ao superior.
Para modificar estruturas, é preciso fabricar “fissuras no sistema” uma vez que dizia o artista visual Macuxi Jaider Esbell, um invitação a edificar novas bases a partir da instituição que forma nosso pensamento e agir no mundo: a escola.
Foi na procura de provocar uma mudança de padrão mental, do padrão ocidental individual e universal para um agir coletivo e pluricultural, que apresento o promanação da escola consultoria pluricultural Ẹwá Poranga.
Sua idealização tem uma vez que articuladora deste sonho a designer e pesquisadora Julia Vidal, que se une às instituições de ensino decoloniais Instituto Hoju, UCKAY e a Universidade Indígena Pluriétnica Povoação Marakanà, para fabricar um movimento coletivo e mais recentemente chegou a novidade parceria, a Escola Decolonial Fashion Revolution.
A coletividade é uma construção social fundamental nas sociedades originárias, que vem sendo apresentada na contemporaneidade uma vez que uma inovação. Ela é a base para o fazer contínuo da Ẹwá Poranga, que vem sendo construída a muitas mãos com com as professoras “tecelãs”: Julia Otomorinhori´õ, Papion Cristiane Carla Pantoja, Daise Rosas, Kaká Portilho, junto com um ecossistema feminino que cresce dia a dia para sonhar levante sonho, hoje já são um totalidade 15 mulheres, que dão vida a um organização vivo tecido em teia.
O nome Ẹwá Poranga significa formosura, nas línguas Yorubà e Tupi Vetusto, respectivamente. É uma escola livre e consultoria que forma multiplicadores a partir de conteúdos pluriculturais e com corpo docente de mestres afrodescendentes, africanos e ameríndios, que costuram diversos saberes e fazeres dos povos originários de forma multidisciplinar para ser implementada nas mais diversas áreas de atuação.
Embora tenha sido pioneira na proposta de reunir o ensino de voga afro e indígena em uma mesma experiência educacional, junto e depois seu lançamento, outras escolas com ensino decolonial dia a dia estão nascendo e isso fortalece a construção de nossos sonhos de um horizonte avito, porque em antagonismo à norma eurocentrada e do capital, sabemos que não somos concorrentes, mas somos conviventes e articuladoras de uma novidade visão de mundo, que se faz a partir de muitos e viabiliza as bases de uma sociedade mais plural e diversa.
Num tempo onde as “lacrações” individuais em redes sociais e o “erudito ao pioneiro, único e universal” são enaltecidos, ressaltamos que se continuarmos de forma isolada morreremos enquanto movimento e, se trilharmos uma jornada coletiva, começamos a desconstruir a lógica colonial que institui o “separar para dominar”.
Num sentimento de irmandade, da urgência de edificar tramas e de fortalecer movimentos comuns, desde 2023, a escola consultoria pluricultural Ẹwá Poranga e a Escola Decolonial do Fashion Revolution se unem para proporcionar conteúdos decoloniais para um público ainda mais largo. Desta forma apresentam um novo padrão de negócios com módulo de conteúdos e teia de professoras entrelaçados para viabilizar as novas bases do ensino de voga brasileira.
Durante muito tempo foram necessários fabricar caminhos decoloniais e de resistência. Porém, depois mais de 500 anos, entendemos que nossos ancestrais nos levam a edificar e manter vivas histórias de libertação, que nos permitem fabricar caminhos e suportes para existências múltiplas. Agir em coletivo, inspirar novas práticas de fazer, fortalecer instituições e movimentos com propósitos comuns, fabricar ecossistemas vivos de conhecimento e de implementação de novas práticas nas mais diversas áreas de atuação se faz urgente no combate à monocultura instalada em nossa sociedade.
Hoje, queremos te invitar à construção coletiva, que nos indica a direção de um caminho de libertação!