Comemorado em 16 de julho, o Dia do Tratante merece ser valorizado e comemorado sempre.
Instituída pela Lei nº 2.048, de 26 de outubro de 1953, promulgada pelo portanto presidente do Senado Federalista, João Moca Rebento, a data escolhida marca o promanação, em 1756, do baiano José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu – um dos mais importantes economistas, juristas e políticos do Brasil; o Patrono do Negócio.
O legado do Visconde de Cairu ainda hoje é um grande exemplo do impacto positivo do negócio no desenvolvimento e no prolongamento de uma região. Protector do livre negócio, sua atuação e sua pronunciação, uma vez que mentor de D. João VI em um momento fundamental da História, foram decisivas para a brecha dos portos brasileiros às nações amigas em 1808; um marco histórico que transformou a economia do país. Até portanto fechada e limitada, passou a integrar-se ao negócio internacional.
Esse passo impulsionou o desenvolvimento de várias cidades, principalmente o Rio de Janeiro que, além de sede do governo do Brasil Colônia e depois capital federalista, transformou-se em um importante meio mercantil e financeiro.
Mesmo tendo atravessado sucessivas e prolongadas crises políticas, financeiras e econômicas, incluindo uma pandemia, o Rio de Janeiro mantém seu papel relevante uma vez que “caixa de sonância” do país.
Nesse contexto de altos e baixos, o negócio sempre foi um dos pilares de sustentação do Rio de Janeiro, demonstrando sua força, sua resiliência e sua versatilidade; impulsionando não só a economia lugar uma vez que contribuindo, desde os tempos coloniais, para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil.
Não foi por possibilidade que no Rio de Janeiro nasceram algumas das mais importantes entidades representativas do negócio do Brasil, uma vez que o SindilojasRio, o primeiro sindicato empresarial do negócio do país, hoje com 92 anos de existência, e o Clube de Diretores Lojistas – CDLRio, fundador do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, que revolucionou o sistema de crédito brasílio.
Hoje, tornar e manter um negócio relevante para a sociedade na qual se insere, sendo sustentável, inovador, lucrativo, competitivo e perene, exige que os comerciantes, sejam eles micro ou grandes empresários, se adaptem cada vez mais rapidamente às velozes transformações provocadas pela globalização, pelas mudanças de comportamento e dos hábitos de consumo e pelos avanços tecnológicos.
Para os comerciantes brasileiros, essas demandas são ainda mais desafiadoras diante de uma lance adversa que dificulta investimentos e a própria atividade empreendedora, seja por motivo da subida e complexa fardo tributária que sobrecarrega o setor, seja devido aos prejuízos causados pela falta de segurança e pela desordem urbana.
O Dia do Tratante é uma boa oportunidade para refletir sobre o pretérito e o horizonte do negócio no Rio de Janeiro e no Brasil, celebrando avanços e conquistas. É uma oportunidade para renovar o nosso compromisso com o desenvolvimento e o fortalecimento do setor, inspirados pelo exemplo e pela visão do Visconde de Cairu e de outras personalidades que dedicaram e dedicam suas vidas ao negócio.
É o momento para substanciar a valimento do negociante uma vez que agente de transformação e desenvolvimento que contribui para a vitalidade econômica e social do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, gerando empregos e riqueza, realizando sonhos e proporcionando qualidade de vida para milhões de pessoas. Nunca é demais lembrar que não existe cidade ou região próspera sem um negócio potente.
Parabéns a todos os comerciantes pelo seu trabalho incansável e pelo seu papel precípuo na construção de uma sociedade melhor.
Aldo Gonçalves
Presidente do SindilojasRio e do CDLRio