Uma das medidas foi fazer lobby com a Federação Paulista de Futebol para que o Palmeiras enfrente o Novorizontino no dia 28, pela semifinal do Campeonato Paulista.
Se passar pelo Novorizontino e o Santos varar o Red Bull Bragantino, haverá novo clássico na final do Estadual. E Leila não perdeu a oportunidade de provocar em um papo com um repórter que admitiu ser santista: “É meu eterno vice”.
Papo de boleiro
Leila Pereira está quase sempre próxima a Dorival Júnior: no ônibus, na mesa de jantar e em conversas no hotel. Ela entende que os jogadores são tímidos e pouco conversa com eles. Com um deles, porém, houve um momento privativo: foi João Gomes, ex-jogador do Flamengo, e hoje no Wolverhampton, com quem a dirigente nunca havia conversado.
No primeiro dia da seleção em Londres, Dorival Júnior, Rodrigo Caetano e Leila Pereira discursaram. Leila falou sobre a dificuldade de ser mulher no envolvente do futebol e de porquê as pessoas precisam crer em si mesmas. João, logo, inspirou-se e foi um dos jogadores a pedir a vocábulo na sequência.
O volante tem disfemia (distúrbio sabido popularmente por tartamudez) e raramente fala em público. Mas, depois de ouvir as palavras de Leila, encarou os colegas e falou de peito lhano com o restante da delegação. Depois daquele dia, ele passou a conversar mais com a Leila e fazer perguntas sobre porquê é ser mulher no futebol e porquê a dirigente trilhou seu caminho no esporte.
Com os outros jogadores, não houve tanta conexão. Leila está ocasião a conversar, mas vê uma resistência dos atletas. A presidente crê que isso não tem a ver com ela ser mulher, e sim com uma questão de jerarquia.