Maio 5, 2025
Palmas para Arthur na homenagem ao rei: a crónica do Benfica-SC Braga

Palmas para Arthur na homenagem ao rei: a crónica do Benfica-SC Braga

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Zalazar encarnou o pontapé do King, homenageado nesta noite na Luz, mas a grinalda do jogo levou-a o 9 do Benfica

Era para ser uma noite de emoções, mal nos ecrãs do estádio surgiu homenagem a Eusébio. E se o pontapé do King foi, ironicamente, encarnado por um varão vestido de um azul quase celestial, a grinalda do jogo levou-a Arthur. Um varão com nome de rei, mas com exibições aquém da exigência da namoro benfiquista. A chegada de um novo pretendente, Marcos Leonardo, trouxe o melhor Arthur Cabral a um Benfica que precisou de classe individual para sovar um SC Braga que viveu muito de Zalazar e que teve em João Moutinho a psique velha de João Neves.

Dizia-se que a noite seria de emoções e foi. Esta espécie de novo clássico – e se a oriente termo chegámos, o valor é do SC Braga – começou com um Benfica com onze igual a Arouca, a querer entrar rápido, mas a tolerar um meandro nas intenções.

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Ponta de lança brasiliano com passos estonteantes no segundo e terceiro golos, que deram mais clarão à vitória as águias; Guarda-redes ucraniano não treme e foi novamente parede; João Neves e Aursnes sempre a apressar

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A primeira secção até se resumia de modo fácil. Os minhotos chegaram ao 1-0 por Zalazar e pelo toque de João Mário e quiseram vigiar coisa tão preciosa, resguardados num 4x5x1 forçado pelas circunstâncias em que, beneficamente, se colocaram.

As duas premissas do jogo

Foi, no fundo, a inversão do que se tinha visto em Braga, na Liga. Mas oriente jogo seria dissemelhante. Para muito do espetáculo e da homenagem a Eusébio.

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Grande jogo na Luz, com o Benfica a vencer o SC Braga, por 3-2, com golos muito bonitos dos dois lados. Águias em frente, minhotos despedem-se com sabor a injustiça

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O Benfica passou muito tempo a tentar furar pelo meio uma estrutura que não abanava. Tentou, logo, a largura, mas com Di María desinspirado e sem Aursnes também a subir pelo flanco, não seria pelo lado oposto que também iria chegar à marco de Hornicek: os da Luz são muitas vezes assimétricos, fruto das características diferentes entre Aursnes e Morato e também Di María e João Mário.

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Ora, entre um remate de João Neves e um cabeceamento de António Silva passou-se meia hora em que o jogo não produziu zero de emotivo e jogou-se nestas premissas: o SC Braga estancava jogo com superioridade no meio-campo, o Benfica tentava imaginar linhas de passe que, simplesmente, não viriam a viver pela qualidade do duelo que os minhotos propuseram à equipa de Schmidt.

Sem o melhor Di María para desequilibrar, o talento individual ao serviço do coletivo teria de romper de outro alguém, porquê sucedeu mais avante, pois a equipa não estava a conseguir encontrar as soluções necessárias – diga-se, porém, que o fez com segurança e também deixou os minhotos ao largo.

Houve, porém, motivos de interesse nesses 30 minutos entre vantagem minhota e empate. João Moutinho e João Neves, tão parecidos que eles são nos centímetros, mas, sobretudo, na qualidade trouxeram ao relvado valor futebolístico, mais visível no benfiquista pelo lance do 1-1. Recuperação, passe e Kokçu com via oportunidade para lançar um inexaurível Rafa que foi eficiente à primeira ocasião. A persistência do Benfica teve prémio quando o SC Braga se apanhou em contrapé na retaguarda, porque de resto, os minhotos tinham estado impenetráveis. Já o 2-1 é uma história para relatar avante.

A outra dedicatória a Eusébio

O pontapé de Zalazar para o 2-2 foi outra dedicatória ao homenageado Eusébio, com o SC Braga a partir daí a ser mais esperançoso, seguro, a retirar a esfera ao Benfica e a rematá-la para as mãos de um Trubin que também saiu porquê um dos melhores do jogo.

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Mas a história da noite é de Arthur Cabral, que criou dois golos. O primeiro só dele, com uma rotação imprevisível e um remate poderoso, o segundo com uma assistência de classe para Aursnes colocar os encarnados nos quartos de final. À homenagem a Eusébio, seguiram-se os aplausos a Arthur Cabral, um avançado que se não tem mais nenhum atributo – terá certamente – tem um calcanhar de ouro que resolveu problemas em Salzburgo e o difícil jogo que o SC Braga impôs na Luz.

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