Março 23, 2025
Papa Francisco tem infecção polimicrobiana detectada, e Vaticano alerta para ‘quadro clínico complexo’
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O Papa Francisco teve um quadro de infecção polimicrobiana das vias respiratórias detectado por exames nesta segunda-feira, indicou um novo boletim médico divulgado pelo Vaticano, que classifica a situação do Sumo Pontífice como “um quadro clínico complexo” e sugere que sua hospitalização será prolongada. Francisco foi internado devido a um ataque contínuo de bronquite na sexta-feira, no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, onde fiéis estão fazendo vigília e acendendo velas para orar pela saúde dele.

“Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje mostram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que determinou uma nova alteração no tratamento. Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo, que exigirá uma internação hospitalar adequada”, diz o boletim divulgado pela Vatican News.

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A audiência semanal de quarta-feira do Pontífice argentino foi cancelada. Um fonte próxima ao jesuíta argentino disse mais cedo à agência de notícias francesa AFP que o Papa está “enfraquecido” por sua “agenda lotada”, mas que não há “motivo para alarme” sobre seu estado de saúde.

Pouco após a divulgação do boletim médico, o diretor de comunicação do Vaticano, Matteo Bruni, afirmou que o Papa “dormiu bem, passou uma noite tranquila” e estava “de bom humor”.

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— Esta manhã ele tomou café da manhã e, como sempre, leu alguns jornais — disse Bruni, acrescentando que “o tratamento continua”.

Antes de sua hospitalização na sexta-feira, Francisco, que na juventude foi submetido a uma remoção parcial de um pulmão, pareceu debilitado, com o rosto inchado e sem fôlego. Ele precisou delegar em várias ocasiões a leitura de seus discursos a seus assistentes.

— Nas últimas duas semanas, a agenda estava sobrecarregada, ele estava debilitado — explicou a fonte próxima ao jesuíta.

Estátua do Papa João Paulo II em frente ao Hospital Gemelli, em Roma, onde Francisco está internado — Foto: Filippo Monteforte/AFP
Estátua do Papa João Paulo II em frente ao Hospital Gemelli, em Roma, onde Francisco está internado — Foto: Filippo Monteforte/AFP

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No domingo, o Papa assistiu à missa pela televisão, sem poder pronunciar sua tradicional oração do Ângelus na sacada da praça de São Pedro em Roma.

Fiéis estão fazendo vigília e acendendo velas para orar pela saúde do Pontífice, que tem 88 anos. Eles têm depositado velas e flores aos pés de uma estátua de João Paulo II, um dos antecessores do Pontífice, na porta do hospital Agostino Gemelli.

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Francisco agradeceu pelo apoio dos fiéis em uma publicação no X:

“Obrigado pelo carinho, pela oração e pela proximidade com que vocês estão me acompanhando nestes dias”, afirmou no domingo.

Recuperação para o Jubileu

A hospitalização de Francisco, a quarta em menos de quatro anos, reacendeu as dúvidas sobre sua saúde frágil, especialmente considerando que 2025 é um ano jubilar para a Igreja Católica, o que significa uma longa lista de eventos, muitos deles presididos pelo Papa.

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Em meados de janeiro, Jorge Bergoglio apareceu com o braço na tipoia após uma queda em sua residência. Em dezembro, ele foi visto com um grande hematoma no queixo depois de bater contra sua mesa de cabeceira.

Francisco tem mostrado uma saúde mais debilitada, com problemas no quadril, dores no joelho, operações e infecções respiratórias, e recebeu vários alertas, o que não o impediu de manter uma agenda intensa de compromissos. O líder da Igreja Católica se desloca desde 2022 em cadeira de rodas, devido a dores persistentes em um dos joelhos e precisa se apoiar em uma bengala nas poucas ocasiões em que fica de pé.

A Igreja Católica designou 2025 como um “Ano Santo”, e espera-se que mais de 30 milhões de peregrinos se reúnam em Roma para as celebrações. O Jubileu, organizado a cada 25 anos, é visto como um período de conversão e penitência para os fiéis e é acompanhado por uma longa lista de eventos culturais e religiosos. (Com AFP)

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