O Parlamento da Turquia aprovou esta terça-feira à noite a adesão da Suécia à NATO, depois de meses de impasse.
A proposta tinha sido apresentada aos deputados pelo Presidente Tayyp Erdogan, que deverá publicar o diploma nos próximos dias.
Com a luz virente da Turquia, fica a faltar exclusivamente a aprovação da Hungria para que a Suécia se torne no mais recente membro da NATO.
Esta terça-feira, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, convidou o homólogo sueco, Ulf Kristersson, para uma visitante de trabalho sobre a adesão à coligação militar.
A Suécia pediu a adesão à NATO em maio de 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro daquele ano.
A Turquia, membro da NATO, adiou a ratificação do pedido de adesão da Suécia durante mais de um ano, acusando o país de ser excessivo permissivo em relação a grupos que Ancara considera porquê ameaças à sua segurança, incluindo militantes curdos e membros de uma rede que Ancara responsabiliza por um golpe de Estado falhado em 2016.
No início deste mês, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, associou a ratificação da adesão da Suécia à NATO à aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de um pedido turco de compra de 40 novos caças F-16 e de kits para modernizar a frota existente na Turquia.
Legado Martins da Cruz diz que Turquia procurou obter vantagens
Em declarações à RenascençaAntónio Martins da Cruz, vetusto mensageiro de Portugal na NATO e ex-minstro dos Negócios Estrangeiros, diz que o Presidente turco quis compelir oriente processo, com o propósito de obter vantagens noutros domínios.
“Quer a nível da sua relação com os Estados Unidos, no que diz saudação ao fornecimento de um novo tipo de aviões F-16, quer também na sua relação com a União Europeia. A Turquia, neste momento, já não tem hipóteses nem quer aderir, mas quer mudar o harmonia alfandegário que tem com a União Europeia, por forma a permitir mais exportações turcas”, adianta.
O mensageiro António Martins da Cruz diz que esta é uma notícia positiva porque reforça a Confederação Atlântica, “num momento em que a guerra na Ucrânia a isso exige” e sublinha as capacidades políticas de Erdogan.
“A Turquia joga um papel importante, quando é necessário, entre a Ucrânia e a Rússia. É através da Turquia que são negociadas as trocas de prisioneiros, por exemplo. A Turquia é um coligado da NATO, mas zero impede o Presidente Erdogan de jogar várias cartadas para os países da Ásia Centra, quer envolvendo-se no conflito em Gaza, em prol do mundo sarraceno e dos palestinos, quer tentando agora uma aproximação à Europa e aos Estados Unidos”, aponta.
Tayyp Erdogan apelou também ao Canadá e a outros aliados da NATO para que levantem os embargos de armas impostos à Turquia.
A Finlândia também fez o pedido na mesma fundura e já é membro da Confederação Atlântica.