O Movimento Passe Livre (MPL) voltou a fazer uma sintoma na noite desta quinta-feira (18) contra o aumento do preço da passagem de trens e metrôs no estado de São Paulo. Os manifestantes protestaram ainda contra a privatização de linhas do sistema de transporte estadual.
A tarifa do transporte sobre trilhos, de responsabilidade do governo estadual, subiu em 1º de janeiro de R$ 4,40 para R$ 5. Já o valor do bilhete nos ônibus na capital paulista, administrados pela prefeitura, não teve acréscimo.
“Esse aumento para cinco reais é um contraditório. Na verdade, qualquer tarifa no transporte é um contraditório, pensando que transporte é um recta social capital, um recta social que faz com que a gente acesse outros direitos, porquê ensino, saúde, lazer, e cultura”, destacou Gel Andrade, do MPL.
“Tarifa zero é uma taxa urgente, é uma taxa verosímil. A gente tem mais de 100 cidades no Brasil com tarifa zero. E porquê a nossa fita diz, tarifa zero tem que ser todo dia, ela tem que ser para universal e ela tem que ser popular”, acrescentou.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos do governo do estado foi procurada, assim porquê a prefeitura da capital paulista, mas ainda não se manifestaram.
Passe livre no Brasil
Segundo dados do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini, o país conta atualmente com 102 municípios onde já há o Passe Livre pleno, ou seja, que abrange todo o sistema de transporte durante todos os dias da semana. As cidades mais populosas que contam com a gratuidade são Caucaia (CE), Luziânia (GO), e Maricá (RJ).
Ação da polícia
A sintoma foi acompanhada por um potente efetivo policial, com a presença da Tropa de Choque, da Força Tática, e do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). Antes mesmo do início do ato, policiais realizaram prisões dentro da estação República do Metrô. Um jovem retido teve o pescoço apertado contra o pavimento pelos agentes do Baep – que utilizavam balaclava, o que impossibilita a identificação de seus rostos.
De conciliação com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a polícia prendeu seis adultos e apreendeu um menor. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo foi procurada mas ainda não se manifestou. Não há informações sobre a culpa das prisões e mortificação, e para onde os detidos foram levados.
Os policiais também revistaram bolsas dos manifestantes e obrigaram alguns deles a mostrarem informações de seus celulares. O ato, que estava marcado para trespassar em passeata às 18 horas, sofreu mais de uma hora de delongado porque a polícia não aceitou o trajeto solicitado pelos organizadores. Eles pretendiam se trasladar da Rossio da República até a Avenida Paulista, passando pela Rua Augusta. A polícia não aceitou e ofereceu três alternativas ao MPL. Seguir da Rossio da República até a prefeitura, no viaduto do Chá; ir até a terreiro da Sé; ou fazer a passeata até a estação de metrô Mackenzie, na rua da Consolação. A última opção foi a aceita pelo MPL.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo não informou quantas pessoas foram detidas, a culpa das prisões e para onde foram conduzidas. Em nota, a pasta disse unicamente que a presença policial visa prometer a segurança e a ordem pública durante o protesto, “assegurando o recta à livre sentença e sintoma, muito porquê resguardando a integridade de manifestantes e demais cidadãos. A PM permanece em prontidão para eventuais situações que demandem mediação”.