“As cotas ofertadas pela UE ao Mercosul ou são insuficientes, ou não representam grande impacto para as exportações brasileiras. Demais, são as barreiras não-tarifárias que mais restringem o negócio bilateral”, diz o documento.
Nos últimos cinco anos, por exemplo, o Brasil sozinho exportou para a UE mais da metade da quinhão prevista para mesocarpo bovina no último ano do cronograma de redução de tarifas oferecido por Bruxelas. Em 2018, o volume exportado chegou a 70% da quinhão totalidade do Mercosul, considerando a quinhão de 99 milénio toneladas. O Brasil, em 2022, foi responsável por 25% da mesocarpo bovina importada pela UE. O volume poderia ser maior, se não houvesse barreiras não-tarifárias. A quinhão oferecida cobre unicamente 70% do volume exportado pelos quatro países do Mercosul.
Para o arroz, a quinhão disponível para todo o Mercosul é menor do que o volume exportado unicamente pelo Brasil. A quinhão destinada ao arroz corresponde a menos de 2,5% do totalidade importado pela UE em 2022, enquanto o volume importado do Mercosul representa quase 14% das importações do conjunto. A quinhão do açúcar para o Mercosul corresponde a pouco mais de 8% das importações totais europeias em 2022. A quinhão ofertada cobre tapume de 20% das exportações do Mercosul para a UE..
No caso do etanol, o Brasil sozinho exportou, em 2022, quase 60% da quinhão prevista para o período final do cronograma de liberalização do mercado europeu. A quinhão inicial cobre unicamente 24,4% das exportações do Mercosul.
Queijo gaulês e milénio tratores em Bruxelas
Aliás, uma parcela tradicional dos produtores rurais franceses também ganharia novos mercados. Segundo o conformidade, os exportadores de queijo – principalmente da França – terão maior aproximação ao mercado sul-americano, inclusive ameaçando a indústria doméstica.