Março 20, 2025
Polícia Civil transfere investigação de laudo falso publicado por Marçal ao TRE-SP

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A investigação da Polícia Civil sobre a falsificação do documento médico usado pelo candidato derrotado Pablo Marçal (PRTB) para acusar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) de fazer uso de drogas foi transferida, na segunda-feira (7), para o 1º Juízo de Garantias do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Nesta instância já tramita uma notícia-crime apresentada pelo psolista e que gerou, por meio do juiz eleitoral Rodrigo Capez, a suspensão dos perfis do ex-coach por 48 horas na noite de sábado (5), véspera do primeiro turno.

De acordo com o delegado titular do 89° Distrito Policial, William Wong, a decisão foi tomada pelo fato de já existir um processo judicial em andamento naquela esfera:

— Como é um crime eleitoral, decidimos encaminhar para a Justiça Eleitoral, que já tinha um procedimento por lá. Para não ter até idemcomo a gente chama a duplicidade de investigação.

No sábado, a Polícia Civil anunciou a abertura de inquérito depois que os advogados de Guilherme Boulos registraram boletim de ocorrência com base em indícios de que a assinatura do médico José Roberto de Souza, CRM 17064-SP, hoje falecido, havia sido falsificada. A situação ficou comprovada por meio da análise de peritos do Instituto de Criminalística, que concluíram se tratar de um engodo em menos de 24 horas.

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Em entrevista coletiva no final de semana, o delegado afirmou que planejava ouvir o biomédico Luiz Teixeira da Silva Júnior, dono da clínica Mais Consultas, que aparece como emissora do documento, além de funcionários para averiguar se o médico teria trabalhado no local. Como mostrou o GLOBO, duas filhas e uma ex-secretária de Souza negaram que ele tenha atuado na instituição após o caso vir à tona.

A autoria do laudo falso também não está clara, com Marçal justificando que teria apenas publicado “de boa fé” o material nas suas redes sociais, de forma a se eximir da responsabilidade sobre o conteúdo. Silva Júnior, que diz ser amigo do empresário e já foi condenado anteriormente por falsificar documentos, divulgou nota depois das eleições dizendo não ter “qualquer envolvimento” com o receituário inventado e admitindo que Boulos nunca foi atendido no local.

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A defesa de Marçal alegou à Justiça Eleitoral que o candidato “não fabricou nem manipulou o conteúdo veiculado, limitando-se a divulgá-lo da forma como foi expedido”, exercendo o “direito à livre manifestação do pensamento”. A manifestação também foi protocolada no TRE-SP nesta segunda-feira (7), argumentando ainda que a atitude não teria prejudicado a integridade do processo eleitoral porque, do contrário, “fatalmente o representante (Boulos) não teria avançado para o segundo turno”.

Pablo Marçal terminou em terceiro lugar nas eleições à prefeitura de São Paulo, atrás de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), e não chegou ao segundo turno por uma margem de apenas 57 mil votos. Representantes do seu partido, o PRTB, avaliaram que a publicação do laudo pode ter sido decisiva para o resultado desfavorável nas urnas.

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