Março 23, 2025
Polícia investiga vereador bolsonarista por suposto afronta de domínio em CPI contra padre Júlio Lancellotti

Polícia investiga vereador bolsonarista por suposto afronta de domínio em CPI contra padre Júlio Lancellotti

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A Polícia Social de São Paulo instaurou um interrogatório contra o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que no início do ano tentou autenticar duas Comissões Parlamentar de Sindicância (CPIs) na Câmara Municipal que miravam o trabalho filantrópico do padre Júlio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo. Em nota, a corporação informou que as investigações estão em curso para esclarecer os fatos.

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A investigação ocorre por preceito do Ministério Público (MPSP), que foi acionado pelo Instituto Padre Ticão em janeiro. Segundo a associação, o vereador tentou penetrar uma percentagem sem ter sinal de conduta criminosa por secção do religioso, o que caracterizaria afronta de domínio .

“Uma CPI é um instrumento muito dispendioso à sociedade democrática, não podendo seu uso ser indiscriminado e flutuar ao sabor das circunstâncias, destoando do interesse público”, diz o instituto na representação inicial.

O promotor Paulo Henrique Castex, da 4ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, determinou a instauração do interrogatório sob o argumento de que é preciso apurar se de traje houve repercussão criminal.

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Em seguida tomar conhecimento do caso, Rubinho Nunes afirmou que a decisão do MP é um “completo paradoxal” e disse que o objetivo é intimidá-lo. (Leia a íntegra do posicionamento no final da reportagem)

Tudo começou em dezembro do ano pretérito, quando Rubinho Nunes propôs a CPI das ONGs. Em janeiro, a iniciativa que chegou a ter 25 assinaturas, virou escopo de repúdio dentro e fora da Mansão quando o vereador passou a referir o nome de Lancellotti publicamente. O requerimento inicial não citava o pároco.

— Existe uma chamada máfia da miséria para obter ganhos por meio da boa-fé da população e isso não é ético e nem moral. O padre Júlio é o verdadeiro cafetão de miséria em São Paulo. A atuação dele retroalimenta a situação das pessoas. Não é só comida e sabonete que vai resolver a situação — disse ao GLOBO.

Já em março, uma novidade CPI foi proposta. Desta vez, para investigar afronta sexual contra moradores de rua da cidade de São Paulo. Apesar de não referir novamente Júlio Lancellotti, o vereador voltou a fazer associações.

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Acabo de ser informado que um Instituto chamado “Padre Ticão” representou contra mim no MP por afronta de domínio, simplesmente por que eu propus uma CPI para investigar o Sr. JULIO LANCELOTTI e as ONGs que lucram com a Miséria no Núcleo de SP.

Isso é um completo paradoxal!

1. que ao invés deste instituto e do MP se preocuparem em investigar as gravíssimas denúncias de afronta sexual contra o Júlio Lancelotti, vão investigar um denunciante?

2. que não há qualquer afronta de domínio, a lisura de CPI é regalia permitido do parlamentar, que ainda goza de isenção constitucional de votos e opiniões.

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Tudo isso é uma tentativa bizarra de intimidação para acobertar tanto o Sr. Lancelotti quanto as ONGs que atuam na região médio e lucram com a miséria. Isso pode até funcionar com outros políticos, mas comigo somente serve de motivação para investigar.

Por término, vou estudar uma Representação Criminal contra os responsáveis pelo instituto por Denunciação Caluniosa Eleitoral, haja vista que aguardaram a eleição se avizinhar para apresentar a estapafúrdia denúncia.

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