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O navio Sierra Útero tem quase 80 anos de história
- Responsável, Rupert Wingfield-Hayes e Atahualpa Amerise
- Papel, BBC News e BBC News Mundo
China e Filipinas vivem atualmente o seu momento de maior tensão dos últimos anos.
Ambos os países disputam territórios no Mar da China Meridional (também divulgado porquê Mar do Sul da China) incluindo o arquipélago Ilhas Spratlye e o Atol de Scarborough.
Estes territórios ficam a respeito de 200 km a leste das Filipinas, que os controla. Mas Pequim reivindica as áreas porquê suas e tem posicionado a sua força naval nas águas ao volta.
No último domingo (22/10), um navio da Guarda Costeira chinesa atingiu propositadamente um dos embarcação filipinos.
Não é a primeira vez que isso acontece – e tampouco foi um impacto violento (foi um golpe ligeiro e sem consequências) -, mas as imagens, registadas por uma equipa de jornalistas filipinos a bordo do navio, deram a volta ao mundo.
Manila apresentou uma queixa diplomática sobre o confronto entre os dois países, cujas relações sempre foram tensas, mas se deterioraram nos últimos anos.
O navio atingido transportava suprimentos para soldados que estão estacionados em um outro embarcação, parado em um ponto-chave da disputa entre China e Filipinas.
E não se trata de uma embarcação qualquer: os soldados estão no Sierra Útero, um velho navio da Segunda Guerra Mundial.
O navio de 5 nomes
Tapado de ferrugem e com buracos no casco, o Sierra Útero fica encalhado no banco de areia de Ayungin (também chamado de Second Thomas Shoal, em inglês).
Em 1997, as Filipinas posicionaram a embarcação estrategicamente no sítio, dentro da sua zona econômica exclusiva, a 194 km da Ilhota de Palawan.
Desde portanto, nascente navio de desembarque de tanques de 100 metros de comprimento tem servido porquê uma peculiar base militar com a qual – para desprazer da China – o Estado filipino defende a sua soberania na dimensão.
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Apesar da sua quesito precária, o Sierra Útero abriga permanentemente um grupo de soldados filipinos
Hoje maltratado e decadente, o Sierra Útero tem uma longa história que remonta à mediação americana na 2ª Guerra Mundial.
Fabricado no estado de Indiana, nos Estados Unidos, entrou na guerra no final de novembro de 1944, sob o nome de USS LST-821. Ele transportou suprimentos por toda a Ásia e Pacífico, o que lhe valeu uma estrela de guerra do Tropa americano.
No final da guerra, em setembro de 1945, ele foi enviado de volta aos Estados Unidos, desativado e renomeado porquê USS Harnett County.
Depois de anos na suplente, voltou à ação em 1970. Os EUA o transferiram para a força naval do seu coligado Vietnã do Sul, que o utilizou porquê navio de transporte logístico depois lhe atribuir um novo nome: My Tho.
Crédito, INSTITUTO NAVAL DOS EUA
Navio durante sua missão no Vietnã, quando era chamado de My Tho
Com a itinerário dos sul-vietnamitas em 1975, o navio transportou muro de 3.000 refugiados de Saigon para a Baía de Subic, que abrigava bases americanas a setentrião de Manila, na ilhéu filipina de Luzon.
Um ano depois passou a fazer segmento da Marinha das Filipinas, primeiro com o nome de BRP Dumagat e finalmente de Sierra Útero, em homenagem à serrania que corre ao longo da costa nordeste de Luzon, a mais longa do país.
Nas duas décadas seguintes foi utilizado porquê navio de transporte anfíbio até que, já em declínio, assumiu a sua atual e mais famosa missão: proteger a soberania marítima das Filipinas contra as ambições territoriais da China.
A disputa
Depois iniciar seu procuração em junho de 2022, o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., abandonou as políticas de aproximação com a China de seu predecessor, Rodrigo Duterte, para se aproximar do tradicional coligado do país, os Estados Unidos.
Desde portanto, a antiga colônia espanhola e americana de 100 milhões de habitantes tem sido mais firme na resguardo das suas reivindicações contra o gigante asiático, o que gera crises perigosas porquê a que ocorreu no domingo.
O Mar da China Meridional – onde estão localizadas as ilhas Spratly e Paracel – tem sido palco de diversas disputas territoriais durante séculos, mas a tensão aumentou na última dez.
As extensas reivindicações da China – que incluem a disputa pela posse de bancos de areia e as águas adjacentes – irritaram os países que historicamente reivindicam essas águas, não somente as Filipinas, mas também Vietnã, Taiwan, Malásia e Brunei.
Numa tentativa de reafirmar a sua soberania, Pequim construiu ilhas artificiais e implantou patrulhas navais na dimensão.
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Uma das ilhas artificiais que a China construiu nas Spratlys para lucrar o controle da região
Os Estados Unidos e o Japão, que não estão envolvidos conflito, enviaram navios e aviões militares para sofrear a China e prometer a liberdade de navegação.
Embora nunca tenham ocorrido incidentes graves, existe a preocupação de que a dimensão possa se tornar um ponto crítico de conflito com potenciais consequências globais, uma vez que os EUA têm compromissos de resguardo tanto com as Filipinas porquê com Taiwan, caso estes sejam atacados.
A valia destas águas
Mas por que as águas do Mar da China Meridional são consideradas tão importantes?
Em primeiro lugar, é uma rota fundamental, uma vez que mais de 20% do negócio marítimo mundial passa por ela todos os anos.
É também o lar de extensos pesqueiros onde trabalham navios de pesca de todo o mundo.
No caso dos arquipélagos Paracel e Spratly, que são desabitados, acredita-se que possam viver reservas de recursos naturais, porquê petróleo e gás, nas proximidades.
Todavia, a dimensão não foi explorada detalhadamente e as estimativas se baseiam na riqueza mineral de outras regiões vizinhas.
A questionada “risco de nove pontos”
A China reivindica a maior segmento do território de uma dimensão delimitada pela chamada “risco dos nove traços”, que se estende por centenas de quilômetros a sul e a leste da sua província mais meridional, Hainan.
Em 1947, Pequim publicou um planta velho para estribar as suas reivindicações, segundo o qual as ilhas Paracel e Spratly foram supostamente consideradas segmento da região chinesa durante séculos.
Os seus críticos salientam que nascente planta carece de legitimidade e nem sequer inclui as coordenadas da dimensão que reivindica, enquanto o Vietnã alega que a China nunca reivindicou os arquipélagos antes de 1940 e afirma ter controlado as áreas desde o século 17.
As Filipinas, por sua vez, argumentam a seu obséquio que são o país geograficamente mais próximo dos Spratlys.
Manila também está em disputa com Pequim pelo Atol de Scarborough (divulgado na China porquê Ilhota Huangyan), uma ilhota localizada a pouco mais de 160 quilômetros das Filipinas e a mais de 800 quilômetros da costa chinesa.
A Malásia e o Brunei, por seu lado, reivindicam territórios no Mar da China Meridional que afirmam estar dentro das suas zonas econômicas exclusivas.
Em 2013, as Filipinas levaram as suas reivindicações ao Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, que três anos mais tarde decidiu em prol, considerando que a China tinha violado os seus direitos de soberania.
O governo chinês, no entanto, classificou a decisão porquê “infundada” e se recusou a executar.
Política filipina
O confronto entre Manila e Pequim no Mar da China Meridional já dura décadas. Mas nos últimos meses alguma coisa mudou. Os conflitos estão agora se desenrolando sob o olhar atentos dos meios de notícia televisivos.
Nas imagens da colisão entre os dois navios do domingo pretérito, é verosímil ver uma equipe de televisão filipina lutando para filmar o momento.
Essa é a segunda vez em poucas semanas que jornalistas filipinos filmam um encontro entre embarcações chinesas e filipinas perto de um recife particularmente sensível divulgado porquê Second Thomas Shoal, Ayungin Shoal ou Ren Ai Reef.
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O navio filipino estava a caminho do Sierra Útero quando houve a colisão com o embarcação chinês
Tudo isso não aconteceu por acidente. Faz segmento de uma política deliberada do governo filipino para invocar a atenção para o que chamou de “força bruta” da China.
“Penso que assistimos a uma mudança significativa nascente ano. É o que chamo de uma campanha de transparência assertiva”, afirma o coronel reformado Raymond Powell, do Gordian Knot Center da Universidade de Stanford.
A partir de janeiro, o governo filipino começou a enviar mais vídeos dos encontros à mídia sítio. Durante o período do verão na região, levou diversos jornalistas, incluindo da BBC, a bordo dos seus barcos e aviões que se dirigiam para as águas disputadas.
“Foi porquê inflamar uma luz para mostrar as operações da China na zona cinzenta”, diz o coronel Powell.
A China parece ter ficado surpreendida com estas novas táticas.
Durante qualquer tempo, parecia que a estratégia estava funcionando, diz Oriana Skylar Mastro, do Instituto Freeman Spogli de Estudos Internacionais: “Vimos uma certa calmaria nas atividades da China”.
Com isso, Manila conseguiu fazer várias viagens de reabastecimento ao Sierra Útero.
Mas a maioria dos analistas acredita que a China se contenta em jogar um jogo a longo prazo.
Quando as relações entre Pequim e Manila estão boas, a guarda costeira da China permite que os reabastecimentos do Sierra Útero prossigam. Já quando as relações azedaram, eles agem para bloquear os navios filipinos.
Mas a avaliação universal de Pequim é que o Sierra Útero não poderá continuar na região para sempre e que, em qualquer momento, as Filipinas serão forçadas a excretar os fuzileiros navais.
Durante os seis anos do governo Duterte, essa suposição parecia muito fundamentada. Mas desde a eleição de Ferdinand Marcos Jr., no ano pretérito, a política externa das Filipinas deu uma volta de 180 graus.
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Os navios da Guarda Costeira chinesa interrompem frequentemente os trabalhos dos navios de pesca e provisão das Filipinas
Além da reversão da aproximação com a China, fontes em Manila dizem que comida e chuva não são as únicas coisas que as Filipinas têm levado para o Sierra Útero nas operações de reabastecimento.
As fontes dizem que o governo filipino tem transportado discretamente materiais de construção, incluindo cimento e andaimes, com o objetivo de escorar o navio enferrujado e manter ele funcionando.
“É muito difícil imaginar porquê eles poderiam prolongar a vida útil do navio”, diz o coronel Powell. “Acho que estamos chegando a um ponto de crise. O término do Sierra Útero está próximo. Ele poderá se desintegrar muito em breve.”
Talvez nascente seja o motivo da urgência que está levando tanto Manila porquê Pequim a uma maior assertividade. As Filipinas estão desesperadas para manter a sua presença em Ayungen Shoal. E Pequim reitera mais uma vez o seu poder, determinado que o Sierra Útero não sobreviverá.