O governo da França proibiu o TikTok na Novidade Caledônia, um território ultramarino gálico no Oceano Pacífico, que registra protestos violentos contra uma reforma eleitoral.
Diversas medidas foram tomadas para tentar sustar as manifestações, porquê o envio de tropas policiais e o expatriação do aplicativo de vídeos, controlado pela gigante chinesa Bytedance.
As autoridades não explicaram a proibição do TikTok oficialmente, mas disseram anteriormente que a rede social foi utilizada para organizar e amplificar protestos na França recentemente.
O jornal gálico Le Monde noticiou que a medida foi tomada depois o compartilhamento de “mensagens de ódio e incitação à violência”, citando mensagens de representantes do governo da ilhota publicadas pelos cidadãos da Novidade Caledônia no Facebook.
Ainda segundo o Le Monde, isso foi verosímil graças à enunciação do estado de emergência na Novidade Caledônia, que dá poderes especiais às autoridades francesas — porquê solicitar o bloqueio a um serviço de notícia.
A França anexou a Novidade Caledônia em 1853 e deu à colônia o regimento de território ultramarino em 1946. A ilhota é o terceiro maior minerador de níquel do mundo, mas sua indústria desse metal está em crise.
Entenda os protestos na Novidade Caledônia
Protestos violentos eclodiram na Novidade Caledônia na segunda-feira (13), envolvendo sobretudo jovens, contra um projeto de lei que altera a Constituição do território ultramarino.
O texto foi ratificado pelo Congresso gálico na terça-feira (14), permitindo que os residentes franceses que vivem na Novidade Caledônia há 10 anos votem nas eleições provinciais da ilhota.
Assim, milhares de pessoas seriam adicionadas aos cadernos eleitorais da Novidade Caledônia, que não são atualizados desde o final da dezena de 1990. Grupos pró-independência dizem que as mudanças são uma tentativa da França de solidificar o seu domínio sobre o arquipélago.
Manifestantes incendiaram empresas e carros, saquearam lojas e montaram barricadas nas estradas, causando uma “situação terrível” no entrada a medicamentos e vitualhas na ilhota, segundo as autoridades.
Pelo menos quatro pessoas morreram nos protestos, considerados os piores desde a dezena de 1980.
Na capital Nouméa, as autoridades impuseram um recolher obrigatório e fecharam o principal aeroporto principal, normalmente um núcleo turístico movimentado. Também proibiram reuniões públicas, porte de armas e venda de álcool.
A violência é a mais recente explosão de tensões políticas que duram anos entre as comunidades indígenas Kanak da ilhota, em grande segmento pró-independência, e os habitantes franceses, que se opõem a romper os laços com a sua pátria.
*com informações da Reuters.
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