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A bruxa esteve solta no Ibovespa durante a última semana de outubro. Pautada pela tensão antes das eleições americanas e pela preocupação com o cenário fiscal, a bolsa brasileira recuou 1,36%.
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O dólar à vista, por sua vez, rompeu mais um patamar psicológico e se aproxima da casa dos R$ 5,90. Na semana, a alta foi de 2,86%.
Começando novembro com o pé esquerdo, o Ibovespa recuou 1,23% nesta sexta-feira, aos 128.120 pontos, o menor patamar em dois meses. O dólar avançou 1,53% e alcançou a sua maior cotação em quase 4 anos, aos R$ 5,8699. Em termos nominais, esse é o segundo maior valor da história.
Cenário local
Quem segue roubando a cena no Brasil é o cenário fiscal. Até agora, o prometido pacote de contenção de gastos do governo ainda não foi apresentado. Os sinais dados ao longo da semana mostram que o Executivo parece não ter pressa.
O mercado financeiro, por outro lado, quer uma maior previsibilidade sobre as contas públicas. Enquanto isso não acontece, os juros futuros seguem apontando para uma Selic na casa dos 13% – minando o investimento da B3. Em busca de maior proteção, a busca por dólar também pressiona o câmbio. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar os juros em 0,5 p.p.
Para Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, o atraso na ivulgação do pacote fiscal gera um clima de insegurança, especialmente com a viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O aumento da desconfiança no mercado se reflete no dólar e no juros.
No noticiário corporativo, o destaque (negativo) fica com as açõe da Azul. Os papéis recuaram 7,22% após a Fitch rebaixar a nota de crédito internacional da companhia de CC para CCC.
Cenário externo
Na próxima terça-feira, os americanos vão às urnas para escolher entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. A indefinição do cenário eleitoral traz cautela ao ambiente de negócios.
Além da definição eleitoral, há também dados contraditórios da economia americana a serem analisados. Hoje, o relatório de emprego, payroll, surpreendeu ao mostrar a criação de apenas 12 mil vagas em outubro. O número muito abaixo do esperado foi reflexo dos furacões Helene e Milton.
Com a decisão de juros marcada para a próxima quinta-feira (7), a expectativa do mercado é que o Federal Reserve coloque o pé no freio e reduza os juros em 0,25 ponto percentual. O comunicado da decisão deve dar mais clareza ao mercado sobre qual caminho seguir.
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Em Wall Street, o dia foi positivo para os principais índices, impulsionados pelos bons números apresentados pela Amazon na noite anterior. O S&P 500 subiu 0,41%, o Dow Jones avançou 0,69% e o Nasdaq ganhou 0,80%.
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