Thiago Wild, que estava convocado para aquele confronto na Suécia, pediu dispensa por motivo de um desconforto no pé. Na segunda-feira imediatamente seguinte àquele termo de semana, Wild estava na Argentina, pronto para jogar o ATP 250 de Córdoba. É óbvio que a sequência de eventos não caiu muito nem com Oncins nem com o resto do time.
Jogar um confronto de Despensa Davis, uma vez que postou Oncins, exige alguns sacrifícios. Ir até a Europa competir em quadra dura indoor às vésperas da sequência sul-americana de saibro, que é importantíssima para brasileiros, está longe de ser o planejamento ideal para qualquer jogador do país. Há o tempo de viagem, as mudanças de fuso horário e os pisos diferentes, além do evidente desgaste físico e mental com a pressão de proteger o Brasil.
Logo, quando um tenista importante para o time decide não ir – e o argumento da lesão é derrotado quando o mesmo desportista joga um torneio na semana seguinte – não pega muito com o resto da equipe. Não só com o capitão. O preço para WIld veio agora. A enunciação de Oncins que veio junto com a convocação ajuda a explicar: “Porquê tive que fazer a convocação dois meses antes dos jogos, optei por manter o mesmo time que buscou a vitória num momento difícil do confronto. Tenho muita crédito nesses jogadores e todos vêm passando por bom momento.”
Se momento por si só ditasse 100% da convocação, parece-me que Wild seria unanimidade. É o número 1 do Brasil, obteve vitórias grandes recentemente, e seu tênis tem um teto mais sobranceiro do que o de Monteiro. No entanto, quando Oncins menciona o “mesmo time que buscou a vitória num momento difícil”, está selado o orientação do paranaense, atual número 72 do mundo.
O Brasil vai a Bolonha jogar de 10 a 15 de setembro contra Itália, Bélgica e Holanda. Os convocados são Thiago Monteiro (#85), Felipe Meligeni (#144), Gustavo Heide (#178), João Fonseca (#218) e Rafael Matos (#39 nas duplas).
Coisas que eu acho que acho: