Maio 6, 2025
Primeiro vez da eleição na França tem grande presença às urnas

Primeiro vez da eleição na França tem grande presença às urnas

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Os eleitores franceses compareceram em volume às urnas neste domingo (30), no primeiro vez de uma eleição parlamentar antecipada que pode dar início ao primeiro governo de extrema-direita do país desde a Segunda Guerra Mundial, uma verosímil mudança radical no coração da União Europeia (UE).

O presidente Emmanuel Macron surpreendeu o país ao convocar a votação depois que sua confederação centrista foi esmagada nas eleições europeias deste mês pelo Rally Vernáculo (RN) de Marine Le Pen. O partido eurocético e anti-imigração era um pária há muito tempo, mas agora está mais perto do poder do que nunca.

As urnas foram abertas às 6h e fecharão às 16h (horário lugar) nas cidades pequenas e grandes, com término às 18h nas cidades maiores, quando são esperadas as primeiras pesquisas de boca de urna da noite e as projeções de assentos para o segundo vez decisivo uma semana depois.

A participação foi subida, destacando porquê a crise política da França energizou o eleitorado. Ao meio-dia, o presença foi de 25,9%, em confrontação com o percentual de 18,43% registrado há dois anos — o maior número de presença comparável desde a votação legislativa de 1981, disse o diretor de pesquisa da Ipsos France, Mathieu Gallard.

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O sistema eleitoral da França pode dificultar a estimativa da distribuição precisa de assentos na Parlamento Vernáculo de 577 lugares, e o resultado final não será publicado até o final do segundo vez de votação, em 7 de julho.

“Vamos invadir a maioria absoluta”, disse Le Pen em uma entrevista a um jornal na quarta-feira, prevendo que seu protegido, Jordan Bardella, de 28 anos, seria o primeiro-ministro.

Ela procurou desintoxicar um partido publicado pelo racismo e antissemitismo, uma tática que funcionou em meio à raiva dos eleitores contra Macron, o sobranceiro dispêndio de vida e as crescentes preocupações com a imigração.

Em Hénin-Beaumont, uma cidade no província eleitoral de Le Pen no setentrião da França, onde ela pode ser reeleita no primeiro vez, Denis Ledieu, de 67 anos, disse que as pessoas estavam sofrendo devido à desindustrialização de longo prazo da região.

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“Logo, se o [RN] lhes promete coisas, por que não? Eles querem testar, eu acho”, disse ele.

Em Garches, uma pequena cidade perto de Paris, uma mulher gritou “É vergonhoso, é vergonhoso” quando Bardella chegou para votar.

“Eles até convidaram os esquerdistas”, disse.

Do outro lado de Paris, na cidade de Meaux, Mylène Diop, de 51 anos, disse que votou na Novidade Frente Popular, uma coalizão de esquerda montada às pressas e que ficou em segundo lugar nas pesquisas. Ela disse que essa era “a eleição mais importante” de sua vida.
“O RN está às portas do poder e você vê a agressividade das pessoas e o oração racista que foi desencadeado”, disse ela.

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Se o RN lucrar a maioria absoluta, a diplomacia francesa poderá entrar em um período de turbulência sem precedentes: com Macron – que disse que continuará na Presidência até o final de seu procuração em 2027 – e Bardella disputando o recta de falar pela França.

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A França teve três períodos de “coabitação” – quando o presidente e o governo são de campos políticos opostos – em sua história pós-guerra, mas nenhum com visões de mundo tão radicalmente divergentes competindo no topo do Estado.

Bardella diz que desafiaria Macron em questões globais. A França poderia passar de um pilar da União Europeia para um espinho, exigindo um desconto de sua taxa para o orçamento da UE, entrando em conflito com Bruxelas em relação aos empregos da Percentagem Europeia e revertendo os apelos de Macron por uma maior unidade da UE em relação à resguardo.

Uma vitória clara do RN também traria incertezas quanto à posição da França em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Le Pen tem um histórico de sentimento pró-Rússia e, embora o partido agora diga que ajudaria a Ucrânia a se proteger contra os invasores russos, também estabeleceu limites, porquê a recusa em fornecer mísseis de longo alcance.

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Voto dividido favorece o RN

As pesquisas de opinião sugerem que o RN tem uma liderança confortável de 33% a 36% do voto popular, com a Novidade Frente Popular em segundo lugar, com 28% a 31%, e a confederação centrista de Macron em terceiro, com 20% a 23%.

A Novidade Frente Popular inclui uma ampla gama de partidos, desde a centro-esquerda moderada até o partido de extrema-esquerda, eurocético e anti-Otan France Unbowed, liderado por um dos oponentes mais violentos de Macron, Jean-Luc Melenchon.

É difícil prever porquê os números das pesquisas se traduzirão em assentos na Parlamento Vernáculo devido à forma porquê a eleição funciona, disse Vincent Martigny, professor de ciência política da Universidade de Nice e da Ecole Polytechnique.

Os candidatos podem ser eleitos no primeiro vez se obtiverem a maioria absoluta dos votos em seu província eleitoral, mas isso é vasqueiro. A maioria dos distritos eleitorais precisará de um segundo vez envolvendo todos os candidatos que receberam votos de pelo menos 12,5% dos eleitores registrados no primeiro vez. O primeiro disposto vence.

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“Se o nível de participação for muito sobranceiro, pode possuir um terceiro ou quarto partido que esteja entrando na disputa. Logo, é simples que há um risco de voto dividido e sabemos que o voto dividido favorece o Rally Vernáculo”, disse Martigny.

Durante décadas, à medida que o RN foi ganhando popularidade, os eleitores e os partidos uniram forças para impedi-lo de invadir o poder, mas isso pode não ser verdade desta vez.

(Reportagem suplementar de Ardee Napolitano e Janis Laizans em Henin-Beaumont e Clotaire Achi, Imad Creidi, Lucien Libert em Paris; edição de Estelle Shirbon e Gabriel Stargardter)

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