Março 21, 2025
Principais operadoras já bloquearam Rumble no Brasil
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou, neste sábado (22), que as principais operadoras de banda larga, como VivoAssim, ClaroAssim, Tim e Oijá bloquearam o acesso à plataforma Rumble no Brasil, após decisão do ministro Alexandre de Moraesdo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da rede social no país.

Nesta sexta-feira (21), após a decisão de Moraes, a Anatel começou a notificar as 20 mil empresas que atuam em território brasileiro, com algumas já tirando a rede social do ar.

As maiores empresas foram notificadas pessoalmente pelo presidente da agência reguladora, Carlos Manuel Baigorri.

A decisão de Moraes foi expedida diante de “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros” e de “instituir um ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”.

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O ministro havia determinado, no dia 10 de fevereiro, a intimação do representante legal da empresa para comprovar o cumprimento da legislação brasileira e da decisão judicial, assim como a regularidade e validade da representação legal dela no Brasil.

A decisão foi tomada depois de a rede social não cumprir ordem do ministro do início do mês para bloquear o perfil de Allan dos Santos e suspender o repasse de valores oriundos de monetização, dos serviços usados para doações, do pagamento de publicidades e da inscrição de apoiadores, e advindos de monetização oriunda de lives.

Dois dias depois, em 12 de fevereiro, o escritório de advocacia e seus integrantes informaram ao ministro que não são representantes legais da empresa, não possuindo, portanto, poderes para receber citações ou intimações nessa qualidade.

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No dia 17 de fevereiro, os advogados constituídos pela Rumble Canada Inc. informaram a renúncia ao mandato judicial outorgado pela empresa, tendo juntado a carta de renúncia, com o respectivo comprovante de envio.

Na quarta-feira (19), Moraes determinou que a plataforma indicasse, em 48 horas, o representante legal da empresa no Brasil, inclusive de nomeação de advogados, bem como para que comprovasse a regularidade e validade com comprovação documental da respectiva Junta Comercial.

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O oficial de Justiça responsável por intimar a empresa informou ao ministro na última quinta-feira (20) ter sido impossível intimá-la.

Em sua decisão, o ministro afirma que a tentativa da empresa de se colocar fora da jurisdição brasileira potencializará a massiva divulgação de mensagens ilícitas, acarretando forte carga de desinformação possibilitando gravíssimos atentados à democracia.

Processo nos Estados Unidos

A plataforma de vídeos Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes.

O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.

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Criado em 2013, o sistema ficou conhecido por não usar algoritmos de filtros nos conteúdos publicados. Similar ao YouTube, a plataforma permite que os usuários carreguem vídeos em seus canais, além de fazerem lives com chat ao vivo e monetizar o conteúdo.

O Rumble acusa o ministro do STF de censura e pede que ordens feitas pelo juiz brasileiro para que aplicativos e contas do Rumble sejam derrubados não tenham efeito legal nos Estados Unidos.

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