Setembro 21, 2024
Produção industrial é a segunda boa notícia da semana para a economia

Produção industrial é a segunda boa notícia da semana para a economia

A produção industrial teve aumento forte, uma alta de 4,1% em junho, quando o mercado previa 2,7%. O setor cresceu mais do que se esperava e essa é a segunda notícia boa da semana para a economia brasileira, a primeira foi o desemprego fechou o segundo trimestre em 6,9%.

  • Efeito colateral: O curioso momento em que Brasil e Argentina se reconciliam por causa da Venezuela
  • Entenda: Fórmula que eleva para R$ 50 bi o bloqueio de gastos alivia a pressão que vinha do risco fiscal

O resultado da indústria tem reflexo da retomada gaúcha. Já tinha ouvido vários economistas dizendo que a recuperação estatística do Rio Grande do Sul vai ser mais rápida e mais forte do que se imaginava. É uma recuperação estatística porque o estado ainda tem um longo caminho para curar todas as feridas dessa tragédia ambiental, que é muito grave e será prolongada. O governo fez a coisa certa ao ajudar rapidamente, transferir recursos, fazer programas eficientes de recuperação e os dados da indústria mostram essa recuperação mais rápida do que o esperado. Os dados estaduais, quando forem divulgados, permitirão confirmar essa hipótese dos economistas.

De qualquer forma, é importante destacar que o resultado positivo da indústria foi muito bem disseminado por todas as categorias, não só na comparação mensal, mas em relação a junho do ano passado a variação foi positiva. No acumulado do ano a indústria cresce 2,6%. Em 12 meses, a alta é de 1,5%. A média móvel é de 0,7%. Ficou tudo positivo e isso pode fazer com que os economistas revisem para cima as projeções de crescimento da economia, saindo do 1,9%, indo mais acima de 2%.

  • Pesquisa CNC: Desrespeito a funcionários, meio ambiente e corrupção influenciam na decisão de compra de mais de um terço dos consumidores

Olhando o dado do mês, setor por setor, comparado junho com maio, a indústria de petróleo subiu 4%, produtos químicos 6,5%, produtos alimentícios 2,7%, indústrias extrativas 2,5%, veículos 3,1%, bebidas 3,5% e tem outros setores e subsetores.

A Firjan acabou de soltar uma nota, no entanto, que é importante a gente levar em consideração, pois pondera que esse dado positivo, não garante o crescimento sustentado da indústria. A indústria tem um problema estrutural no Brasil, de queda de produtividade, há muito o setor está em crise, vivendo o encolhimento da sua participação no PIB. Enfim, há uma crise crônica na indústria.

  • Tragédia não RS: Volume de indenizações de seguros cresce 44% em 43 dias e chega a R$ 5,6 bilhões

Mas o fato é que a economia termina o segundo trimestre com dados positivos, mais positivos do que se imaginava inicialmente e a crise do Rio Grande do Sul sendo revertida nas estatísticas econômicas. Tudo que foi perdido de vidas humanas no estado, isso sim não dá para recuperar e tem valor inestimável.

Fonte

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *