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prosperidade do Brasil depende de um oceano saudável – Jornal da USP

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“A economia do mar definitivamente contribui para o bem-estar da pátria brasileira e é bastante diversificada”, disse a professora Beatrice Padovani Ferreira, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federalista de Pernambuco (UFPE), em uma coletiva de prelo realizada na manhã de quinta-feira (23/11), para a divulgação do STD. Ela destacou, porém, que esses 20% do PIB são um valor “bastante subestimado”, que não leva em conta uma série de benefícios imateriais — porquê o bem-estar proporcionado pela venustidade cênica, o lazer e a relação místico que muitas pessoas têm com o oceano —, nem serviços ambientais importantes, porquê a proteção da costa e a regulação climática, que têm um valor imenso, mas são extremamente difíceis de se quantificar do ponto de vista monetário. “Logo, o valor (real) é muito maior do que esse cômputo”, finalizou a professora.

Comparativamente, o agronegócio contribui com 24% do PIB pátrio. “Só que, para ter agro, você precisa ter chuva. E a chuva começa no mar, não é mesmo?”, disse o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, que coordenou a elaboração do diagnóstico, em parceria com Ferreira e Cristiana Seixas, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ao todo, 53 especialistas acadêmicos e governamentais participaram da elaboração do relatório, além de 12 jovens pesquisadores e 26 representantes de povos indígenas e populações tradicionais. A versão completa do diagnóstico, organizada em seis capítulos, deve ser publicada em junho de 2024 — por enquanto, exclusivamente o Sumário para Tomadores de Decisão foi divulgado. O trabalho é fruto de uma parceria da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na {sigla} em inglês) com a Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceanosediada na USP e coordenada pelo professor Turra.

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Cristiana Seixas, da Unicamp, destacou que o termo “tomadores de decisão” vale para toda a sociedade, e não exclusivamente para a classe política. “Tomadores de decisão somos todos nós”, disse. “A gente não muda uma cultura, não muda um paradigma operante, se não tiver uma força social que pressione. (…) Logo eu acho que a gente tem que expandir esse nosso noção de ‘tomador de decisão’, e cada um assumir a sua responsabilidade.”

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