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A redução do desmatamento da Amazônia e do Cerrado não acontece por acaso, é resultado de uma política do governo de combater o desmatamento e de não compactuar com esse crime, revertendo a política antiambiental do governo passado. Esse é o segundo ano consecutivo de recuo no desmatamento na Amazônia e este ano houve ainda essa vitória de redução do desmatamento no Cerrado, que vinha aumentando há cinco anos, o que preocupava a todos. É importante destacar que se trata de uma queda sobre queda, no fim de 2023, foi anunciada uma redução de 22,3%, agora um novo recuo de 30,6% na Amazônia, chegando a 6.288 quilômetros quadrados de vegetação devastada. Apesar da diminuição, ainda é muito, é maior do que o nosso melhor número, alcançado em 2012, mas é uma queda num indicador que preocupa.
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Conversei com a ministra Marina Silva ontem, ela estava satisfeita pelo avanço, mas consciente de que tem que avançar muito mais. A ministra está embarcando nesse fim de semana para Baku, no Azerbaijão, para a COP 29. Então o Brasil, pelo segundo ano, chegará à Reunião Anual das partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, com um número positivo. Como esse é o principal fator da nossa emissão de gases de efeito estufa, é uma conquista importante.
Esses dados divulgados agora são a mais importante medição. Normalmente a gente divulga os dados do DETER que são de alertas de desmatamento a cada mês. O Prodes consolida, verifica dados de mais satélites, em trabalho do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz monitoramento do desmatamento. O dado reflete o que houve de desmatamento entre o último semestre de um ano e o primeiro do ano seguinte. Sendo assim, no ano passado, os dados apresentados foram apurados entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023, carregavam seis meses do governo Bolsonaro. E no governo Bolsonaro, principalmente no fim, houve uma corrida para mais desmatamento. Ano passado foi uma vitória a queda do desmatamento em 22% e agora houve um novo recuo de 30,6%, em ambiente também difícil, porque teve muita greve de servidores, mas a fiscalização, o esforço contra o desmatamento funcionou e ele caiu.
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Pelo fato desse calendário, do número de desmatamento contar o segundo semestre de um ano e o primeiro do seguinte, podemos esperar o impacto da pior de parte da seca, das queimadas, que aceleraram no começo do segundo semestre, no ano que vem.
Para continuar evoluindo na meta de reduzir o desmatamento, nesta quarta-feira, o governo assinou um pacto com os estados que fazem parte do que se chama Matopiba – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – onde se concentra 70% do desmatamento do Cerrado. O pacto é para unir esforços no combate e queimadas.
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Ainda estamos muito longe do ideal, é fato. Cada vez que a gente vai fazer uma reportagem, pé no chão, se vê uma sucessão de absurdos. A impunidade também precisa ser combatida, porque a impunidade é o estímulo a mais crimes, como de grilagem, de desmatamento, de queima da floresta. É preciso que o Judiciário dê um passo no combate à mudança climática, aos crimes ambientais. O governo já apresentou uma proposta para aumentar a pena de quem comete crime ambiental.
De um lado é comando, controle, fiscalização, e do outro, os pactos, acordos entre forças do Estado e forças do setor privado que possam ajudar nessa tarefa. Mas é preciso também trabalhar para punir quem cometeu crime ambiental.
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