Outubro 1, 2024
Quem é a deputada cassada por remunerar harmonização facial com numerário de campanha

Quem é a deputada cassada por remunerar harmonização facial com numerário de campanha

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá determinou a cassação do procuração da deputada federalista Silvia Waiãpi (PL). Nesta quarta-feira, o colegiado rejeitou por unanimidade as contas de campanha da parlamentar, acusada de gasto ilícito do numerário público talhado às eleições de 2022.

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O Ministério Público Eleitoral do Amapá enviou ao Tribunal Regional Eleitoral do estado uma representação em que uma ex-funcionária da deputada denunciou a malversação de numerário público. Silvia Waiãpi foi acusada de usar R$ 9 milénio — segmento do numerário recebido do fundo eleitoral — para revestir as despesas de um procedimento estético no rosto.

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a assessoria de Silvia Waiãpi disse ter recebido a notícia sobre a cassação da prensa e alegou que contas haviam sido julgadas e aprovadas previamente pelo TRE-AP. O transmitido destaca que a parlamentar não foi intimada da decisão.

No processo, Maite Martins Mastop, ex-coordenadora da campanha de Sílvia, relatou porquê teria pagado o procedimento de harmonização facial da candidata, porquê informou a pilar de Lauro Jardim, em outubro de 2022.

Segundo o Ministério Público, o profissional responsável confirmou ter realizado o procedimento em Silvia, em Macapá. Em nota enviada à pilar, à quadra, o jurista da deputada disse que “os elementos constantes do noticiário são totalmente improcedentes, fruto de vingança pessoal e intrigas partidárias, muito porquê discriminação racial, dada a origem da declarante”.

No perfil do Instagram, Silvia Waiãpi se descreve porquê “Mãe, Avó, Indígena, Militar, Republicana Conservadora”. Ela afirma também ser “Defensora da Mulher, da Párvulo e da Família” e “Embaixadora da Silêncio”, além de deputada federalista.

Apoiadora de Jair Bolsonaro, a deputada do PL foi eleita em 2022 com a bandeira de resguardo dos indígenas. À quadra da campanha, ela reclamou ter recebido menos atenção do partido.

Sílvia Waiãpi foi a primeira mulher indígena a entrar para o Tropa Brasiliano, em 2011.

Antes de ser deputada federalista, a bolsonarista foi secretária pátrio da Saúde Indígena, pasta vinculada ao ministério da Saúde. Posteriormente, ocupou função no Juízo Vernáculo de Promoção da Paridade Racial (CNPIR), órgão vinculado ao velho Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tinha porquê liderança a ex-ministra Damares Alves.

Em 2018, foi uma das quatro mulheres integrantes do grupo de transição de Jair Bolsonaro. Em 2022, ela foi a deputada federalista eleita menos votada no Brasil, com 5.435 votos, com suporte de políticos bolsonaristas, porquê Eduardo Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli.

Antes mesmo de assumir o procuração na Câmara, Silvia Waiãpi foi incluída no rol de investigados por endossar os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo a Procuradoria-Universal da República, nas redes sociais, a parlamentar publicou vídeos com a devastação da capital federalista e escreveu uma legenda sobre a tomada de poder. Investigadores passaram a explorar se o teor incorria em incitação ao violação.

De pacto com o Supremo Tribunal Federalista (STF), a deputada passou a ser investigada por postar vídeos dos atos de 8 de janeiro com a legenda: “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasílico insatisfeito com o governo vermelho”.

Em abril do ano pretérito, deputada bolsonarista Silvia Waiãpi (PL-AP) foi rebatida por ter feito um glosa transfóbico. Ela afirmou na Câmara dos Deputados que era obrigada a concordar “mulheres que são homens”. O exposição foi feito durante uma sessão da Percentagem da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais. A presidente da percentagem, Célia Xakriabá (PSOL-MG), intercedeu e relembrou que transfobia é violação.

Ao ser questionada pelo colega de Morada Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) sobre a legitimidade de sua identidade indígena, Waiãpi rebateu que não precisava do aval do deputado sobre sua etnia e fez o paralelo preconceituoso com mulheres transexuais. O parlamentar afirmou que a cultura indígena passa por um “estelionato” e que havia representantes que diziam simbolizar os povos originários sem, de trajo, representá-los.

— Os senhores querem que eu aceite alguém que se autodeclara mulher, sem ser mulher, biologicamente varão, e eu sou obrigada a aceitá-lo. Mas não querem me concordar — disse a deputada, na ocasião.

Ao GLOBO, à quadra, Silvia Waiãpi reiterou o exposição que afirmou não ser transfóbico, mas uma reação ao ataque que recebeu.

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