Setembro 30, 2024
Real ultrapassa peso prateado e Brasil tem a pior moeda entre emergentes em 2024

Real ultrapassa peso prateado e Brasil tem a pior moeda entre emergentes em 2024

O real ultrapassou o peso prateado, na tarde desta segunda-feira (17), por volta das 16h, passando a ser a moeda, entre os países emergentes, com pior performance em 2024.

O dólar, usado porquê parâmetro, acumulava, dessa forma, por volta das 16h desta segunda-feira, uma valorização de 10,54% frente à mote brasileira em 2024. [confira abaixo o ranking de performance das piores moedas emergentes frente ao dólar].

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Mais para o termo do dia, mas, a diferença para o peso prateado diminuiu e o real fechou praticamente empatado com a mote dos “irmãos“, ambas caindo 10,48% no ano. Até portanto, o ranking das maiores desvalorizações era liderado, de forma isolada, pela Argentina.

Moeda País de Origem YTD%
USDBRL Brasil -10,54
dólares americanos Argentina -10.485
USDTRY Turquia -10.12
USD MXN México -8.502
USDTHB Tailândia -6,956
USDKRW Coreia do Sul -6.521
USDDR Indonésia -5,676
USDCOP Colômbia -4,876
USDCLP Chile -5,738
USDHUF Hungria -5,776
Natividade: Bloomberg. YTD (year to date): aglomerado em 2024 às 16h desta segunda

Real supera peso prateado

Hoje, o dólar se valorizou frente ao real mesmo caindo no restante do mundo. O DXY, que mede a força da moeda dos EUA frente a outras de países desenvolvidos, recuou quase 0,2%, em um dia de menor aversão ao risco no exterior, com as bolsas americanas subindo.

De forma universal, especialistas vêm mencionando já há qualquer tempo que a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos é a principal causadora do extenuação do real. A tese ganhou força desde o primícias do ano, depois dados macroeconômicos sinalizarem que a economia norte-americana ainda está aquecida, levando a visão de que o Federalista Reserve terá de manter os juros altos por mais tempo — ou ao menos não cortando porquê o esperado anteriormente.

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“A política monetária dos EUA tem exercido papel significativo no câmbio. As taxas de juros altas por lá atraem recursos para o país, ajudando a valorizar o dólar. E os recursos saindo do Brasil para alocar em dólar nos EUA, fazem com que a nossa moeda desvalorize também”, contextualiza Felipe Pontes, diretor de gestão de patrimônio da Avantgarde Asset Management.

“Os  juros americanos são considerados a taxa livre de risco do mundo. E se a gente for confrontar, os juros nos Estados Unidos estão na moradia dos 5,5% enquanto os juros no Brasil estão em 10,5%. Há um espalhar de 5 pontos porcentuais, o que é inferior historicamente, o que culpa, portanto, uma fuga de capital”, explica Enrico Cozzolino, head de estudo da Levante.

No entanto, nas últimas semanas, os rendimentos da renda fixa americana vêm recuando depois alguns dados mais fracos dos EUA, caso do CPI (índice de preços ao consumidor, na {sigla} em inglês) e do Payroll, o principal oferecido do mercado de trabalho, ambos de maio. Os rendimentos dos títulos do tesouro para dez anos, por exemplo, pagavam quase 4,7% no primícias de maio e, agora, estão rendendo alguma coisa próximo a 4,25%.

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Desde portanto, o DXY também vem perdendo força, saindo de mais de 106,2 no primícias de maio para 105,3 nesta segunda, sinalizando uma perda de força do dólar. Hoje mesmo, porquê já mencionado, o dólar caiu no mundo mas se valorizou frente ao real.

Entram ai os problemas “mais brasileiros”.

Questões internas pesam no real

“Desde o início de fevereiro e meados de março vemos uma elevação do chamado risco Brasil. Olhando o CDS [credit default swap, que mede a chance que o mercado vê de o Brasil não arcar com suas dívidas]está no maior preço do ano. A desancoragem fiscal que levou também uma desancoragem inflacionária”, comenta  Rafael Perretti, economista e trader da Clear Corretora.

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O real vem perdendo, portanto, força mundialmente de forma sucessiva. Os ruídos políticos aumentam o temor de que as contas públicas brasileiras se deteriorarão e, consequentemente, geram a visão de que investir no país é mais perigoso, minguando o fluxo estrangeiro. Fatores porquê a mudança na meta fiscal, na presidência da Petrobras e, hoje, falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são levadas em conta.

Quando há maior risco, o mercado serpente taxas maiores para emprestar para um país. Só que apesar do maior risco no Brasil as taxas brasileiras estão menos competitivas, já que nos Estados Unidos os tgarantiasapesar da queda recente, continuam em patamares elevados.

Ainda nesta frente, a visão do mercado recentemente vem trazendo a perspectiva de que a inflação brasileira deve progredir, por conta de fatores porquê o fiscal, mas também com o impacto, por exemplo, das chuvas no Rio Grande do Sul. Hoje, o Boletim Focus trouxe uma novidade revisão para cima da inflação brasileira em 2024.

A inflação mais subida no Brasil acaba diminuindo o chamado rendimento real, que configura na diferença entre as taxas pagas e a variação dos preços. Por outro lado, nos Estados Unidos, dados mais fracos vêm aumentando o rendimento real, o que diminui ainda mais a atratividade dos papéis brasileiros.

Já na Argentina, hoje o FMI, por exemplo, avaliou que o país deve levar esse ano o rendimento real para patamares positivos – o que não é visto há qualquer tempo. Isso explica, em segmento, a aproximação do real com a mote do país vizinho.

Por termo, ainda pesando internamente, o recente extenuação das commodities também é indigitado por especialistas porquê um detrator do real, já que os preços mais baixos impactam a balança mercantil brasileira.

O barril de petróleo Brent no primícias de abril era negociado a mais de US$ 90, ficando em US$ 84,3 por agora. Já a tonelada do minério de ferro saiu por volta do dia 20 de maio atingiu uma máxima de três meses, com o contrato na Bolsa de Cingapura em US$ 122,5, mas, desde portanto, já acumulou possante queda e hoje fechou a US$ 104,8.

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