Maio 8, 2025
Saiba quem comanda e quem integra a bancada evangélica no Congresso

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Frente conta com 228 congressistas de 15 partidos; mudança na presidência em fevereiro deve fortalecer oposição ao governo Lula

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Pátrio atualmente tem 228 integrantes: 202 deputados federais e 26 senadores. Composta por 15 partidos, só 26 congressistas podem ser contabilizados uma vez que aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É comandada pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), considerado independente.

Em 7 de fevereiro, a frente voltará a ser chefiada pelo deputado coligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Eli Borges (PL-TO). Haverá um letrado de Santa Ceia às 8h da manhã no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Alguns ministros do governo foram convidados e podem comparecer à cerimônia. Dentre eles, o advogado-geral da União, Jorge Messias. A mudança fortalecerá a oposição da bancada evangélica.

Em agosto de 2023, Messias compareceu ao letrado de posse de Silas Câmara. Também marcaram presença o portanto ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (hoje de Empreendedorismo), e o gerente da Secretaria Universal da Presidência, Márcio Macêdo.

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A flanco bolsonarista seguirá sendo a maior força dentro da bancada, com 119 congressistas dos 228. Ou seja, mais da metade do grupo. A reportagem considerou aliados de Bolsonaro aqueles que apoiaram o ex-presidente nas eleições de 2022 e têm qualquer vínculo de proximidade com o velho gerente do Executivo brasiliano nas redes sociais.

Borges reassume o comando da bancada evangélica em um momento de atrito do grupo religioso com Lula.

O novo capítulo da relação conturbada dos evangélicos com o governo se dá por pretexto da suspensão da norma que concedia isenção fiscal a líderes religiosos pela Receita Federalista. Depois da repercussão negativa do ato, o ministro da Rancho, Fernando Haddad, anunciou a geração de um grupo de trabalho para debater uma eventual isenção aos líderes do segmento.

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A medida foi definida depois de uma reunião de Silas Câmara com o titular da Rancho.

Ao Poder360o porvir presidente da frente disse que não pretende mexer na decisão de Câmara e que vai continuar debatendo o tema. No entanto, declarou que não irá se render aos “caprichos do palácio”.

“Se o grupo já está instituído pelo atual presidente, terá o meu saudação. Não há premência de ampliá-lo. Debater o tema é meu obrigação parlamentar e a frente continuará fazendo isto, mas nunca rendido aos caprichos palacianos que a priori tem tentado colocar os líderes religiosos contra o povo”afirmou Borges.

O porvir presidente também disse que sua taxa será a mesma do 1º semestre de 2023, quando esteve avante da bancada no Congresso.

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“Vida, liberdade, família nos moldes judaico-patriarcal, não à descriminalização da maconha e filantropia”afirmou. Borges acrescentou que pessoalmente vai tutelar a redução da maioridade penal.

Leia aquém a lista de bolsonaristas da bancada evangélica:

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que faz secção da bancada, disse não ver com preocupação o retorno de um deputado bolsonarista ao comando do grupo.

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“O deputado Eli Borges já havia assumido antes, portanto não vejo mudanças significativas quanto a isso”declarou.

A petista disse esperar que na lista de demandas da bancada seja inserida a inclusão social pautada pelo governo Lula.

“Independentemente de quem assumir, esperamos que haja foco nos projetos de inclusão social do governo, pois o povo evangélico precisa disso”afirmou.

Leia aquém a lista de aliados do governo na bancada evangélica:

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Para ter chegada à lista completa de congressistas da bancada evangélica, acesse cá. Entre os integrantes da frente, há congressistas que fazem secção da bancada evangélica mas não são evangélicos.

O deputado Silas Câmara foi procurado pelo Poder360entretanto, até a epílogo desta reportagem, não se manifestou. O espaço segue lhano.

A PRESIDÊNCIA DA FRENTE

No término de 2022, houve uma reunião com integrantes da bancada para definir o próximo presidente, que teria procuração de 2 anos.

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No entanto, não houve consenso quanto à escolha, o que levou a um congraçamento: de 2023 a 2024, os deputados Eli Borges e Silas Câmara revezariam a presidência a cada semestre. Portanto, a troca de chibata será realizada mais uma vez neste ano, com a volta do deputado do PL avante da bancada.

A teoria é que o revezamento mude a partir do próximo ano, com um nome escolhido no término de 2024 para comandar a Frente Parlamentar Evangélica em 2025 e em 2026.

Nunca houve eleição para a presidência da bancada. Os nomes são apresentados e um deles é escolhido por “saudação”, o que não se deu no término de 2022.

Agora, espera-se que haja uma direção definida no término deste ano, para que não seja adotada novamente a coordenação compartilhada atual.

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AVALIAÇÃO DE LULA ENTRE RELIGIOSOS

A última pesquisa PoderData, realizada de 16 a 18 de dezembro de 2023, mostra que mais da metade (52%) do eleitorado que diz se identificar mais com a religião evangélica considera o governo do presidente Lula “pior” que o de Bolsonaro. A taxa oscilou 5 pontos percentuais para cima desde o início do 3º procuração do petista.

Nesse estrato religioso, 1/3 afirma que a gestão petista é “melhor” que a do ex-presidente –percentual 3 pontos mais insignificante que o registrado em janeiro. Outros 15% declaram não ver diferença entre os governos.

Os percentuais são o inverso dos registrados no estrato universal da pesquisa, que mostra que quase metade da população (49%) diz considerar a governo de Lula “melhor” que a de Bolsonaro.

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Outros 38% avaliam ser “pior”. Eis os resultados da parcela universal do levantamento, considerando toda a população:

O levantamento também cruzou as repostas sobre a avaliação comparativa do governo atual com o anterior dentre os eleitores que declaram se identificar mais com a religião católica. Leia os resultados nesta reportagem.

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LULA E CATÓLICOS

O governo finalizou o 1º ano de seu 3º procuração autenticado por 56% do eleitorado católico. A taxa recuou 6 pontos percentuais em relação ao início da governo, quando o petista era autenticado por 62%.

A desaprovação oscilou desfavoravelmente ao governo nesse grupo religioso, mesmo que dentro da margem de erro. No início do procuração, a gestão era desaprovada por 31% dos fiéis da igreja romana. Em dezembro, os percentuais chegaram a 35%.



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