Já se passaram 14 anos, e em Son Moix eles ainda lembram daquela guerra uma vez que se fosse ontem. A de 2 de maio de 2010, em San Mamés, mas não o novo, o velho, a Catedral. Foi a última vez que o Real Mallorca venceu o Athletic Club fora de vivenda. E de que forma, porque o 1 a 3 manteve a equipe de Gregorio Manzano na 4ª posição, da classificação. A que dá aproximação à Liga dos Campeões. Embora não tenha sido alcançada no final, os ‘diabos vermelhos’ nunca esquecerão aquela noite. Com nostalgia e frustração, em partes iguais. Assim, os insulares viverão, nesta sexta-feira, a estreia da 23ª rodada, da Primeira Repartição.
Naquela quadra, Chory Castro abriu o placar, e Fernando Llorente igualou segundos depois. No entanto, José Nunes e Aritz Aduriz – criado nas categorias de base e mito de Lezama – foram responsáveis pela 17ª vitória da edição 2009-10. 59 pontos e 2 de vantagem sobre o Sevilla. No entanto, o time de Sevilha reverteu as circunstâncias no final, com 63 pontos contra os 62 dos baleares.
O consolo do Real Mallorca, olhando para trás, é o elenco daquela temporada. A referência goleadora de Pierre Webó, a liderança de um tal Borja Valero, as luvas de Dudu Aouate ou a magia de Julio Álvarez. Apesar de tudo, a alegria efervescente revelou um ciclo de tristeza no que se refere às viagens a Bilbao. O de 2010 foi o sorriso final. Os dados estão lá e não mentem: San Mamés é terreno amaldiçoada. Embora com uma pegadinha, devido à escassez na escol entre 2013-14 e 2018-19.
6 derrotas e 1 empate desde logo
Voltando à verdade, a bíblia estatística de BeSoccer Pro confirma 6 derrotas e 1 empate, desde logo. Outrossim, nenhum gol em 5 dos jogos mencionados. A única maneira de ver qualquer lampejo de luz é que um empate ocorreu no último confronto. Esta é a perspectiva com a qual Javier Aguirre lutará para iniciar uma boa dinâmica, no lado rubro-negro do País Biscainho e, mais ainda, considerando que ele está a 180 minutos de disputar a final da Despensa do Rei. Para isso, terá que varar o lado ‘txuri-urdin’.
Investigando na Liga, o clube ocupa a 15ª posição com 20 pontos, traduzidos em 3 vitórias e 11 empates. 19 gols em prol e 26 contra. Precisamente, são os números que impedem a subida de alguns degraus. E o futebol de escol não entende de relaxamento. O Cádiz é a equipe que marca o rebaixamento para a Segunda Repartição e convive com 16 pontos no placar, exclusivamente 4 a menos. As urgências batem à porta, apesar de ter conseguido seu melhor desempenho nas oitavas de final desde 2009, quando ficou fora do grande jogo por pretexto do Barcelona.
O Real Mallorca respira com dificuldade, na véspera de seu retorno a San Mamés, sob a memorial da labareda que não se acendeu há 14 anos, não conseguiu se qualificar para a Liga dos Campeões e não voltou a ocupar a Catedral. Com a novidade, não teve uma boa estreia. São muitos os motivos para que os ‘diabos’ estejam preocupados.