Charles de Foucauld, progénito de cruzados, de uma família muito rica e próspera, tornou-se propagandista depois de uma vida dissoluta. Recentemente canonizado pelo Papa Francisco, sua memória é celebrada no dia 1º de dezembro.
Redação (12/01/2023 11h13, Prelo Gaudium) Nascido em Estrasburgo, em 16 de setembro de 1858 — ano das aparições de Nossa Senhora em Lourdes —, Charles de Foucauld era progénito de cruzados, de uma família muito rica e próspera, das quais lema do brasão era Nunca volte (nunca recue). Tornou-se propagandista em seguida uma vida dissoluta e aventuras porquê soldado e geógrafo. Morreu pouco depois de completar 58 anos, – em 1º de dezembro de 1916, no sul da Argélia, durante a Primeira Guerra Mundial – por uma projéctil de rifle disparado por um tuaregue incógnito, cuja gangue criminosa havia tomado o sítio onde Foucauld construiu seu precário eremitério para viver porquê propagandista.
Os “Homens Azuis”
Os tuaregues, ou “homens azuis” devido à curiosa cor de sua pele amarelada impregnada com o anil com que tingem suas vestes suadas, são um povo nômade que atualmente somam muro de trezentas milénio (300.000) almas. Contrabandistas, traficantes de escravos e aventureiros atravessam o Saara em longas caravanas em procura de pasto e chuva dos oásis para seus rebanhos, enquanto levam artesanato e produtos de um lugar para outro. Ainda hoje estão organizados em clãs tribais extremamente hostis, inclusive entre si. Eles eram animistas e mágicos, e foram convertidos ao Islã quando os árabes do Egito começaram a se espalhar por volta de 700 d.C., pelo setentrião da África, até o que hoje é chamado de Magrebe, que significa “oeste” para os povos do Oriente Próximo e Médio.
Charles de Foucauld queria transformar esse misterioso e guerreiro povo ao cristianismo mais pelo exemplo de sua vida dedicada, hospitaleira e laboriosa do que pela pregação. Logo ele se estabeleceu em um oásis, construiu seu eremitério e começou a aprender seus costumes e língua, traduzindo seus provérbios e canções para o francesismo. Ele escreveu um léxico ilustrado Tuareg-Gálico, Gálico-Tuaregue. Ele também traduziu os Santos Evangelhos do francesismo para o linguagem nativo deles e compôs um catecismo para eles nesse linguagem.

Última foto de Charles de Foucauld/ Wikipedia
Logo, o que levou esse varão rico terreno, aristocrata militar e geógrafo a renunciar à sua vida aventureira e altiva, para se tornar um humilde monge com um hábito branco e tosco? Ele desenhou um emblema para esta congregação que havia idealizado, que consistia em um coração e uma cruz sobre ele, lembrando o brasão de armas usado em seu tempo pelos vandeanos e chouans do oeste da França quando se levantaram contra a perseguição religiosa da Revolução Francesa.
Assemelhando-se a Cristo
Charles de Foucauld transformou-se de tal forma que, no final de seus dias, seu semblante parecia a de um argelino nativo de ar simples, cor de trigo e olhar gentil, e que em zero lembrava a de um progénito da nobreza francesa.
Sua fisionomia bronzeada, sua barba e os traços de seu rosto o faziam parecer um pouco com São Francisco de Assis; resultado de ter sido assumido por Cristo, seu protótipo e protótipo de santidade, que também trazia em seu rosto divino os traços do sol e do vento dos desertos da Judeia.
Por Antonio Borda