A cidade de São Paulo contabilizou 1.792 casos de dengue nas primeiras três semanas de janeiro, número que já ultrapassa o totalidade registrado no primeiro mês do ano desde o início da série histórica, em 2015. O recorde anterior ocorreu em 2016, quando foram registradas 1.252 confirmações da doença.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela Secretaria Municipal da Saúde. De concordância com a pasta, foram notificados 5.052 casos de dengue de 1 a 20 de janeiro, dos quais 1.792 foram confirmados e são autóctones, ou seja, a infecção pelo vírus ocorreu no próprio município.
Foram notificados ainda quatro casos de zika vírus, 45 de chikungunya e dois de febre amarela. Para essas doenças, não há nenhum caso confirmado.
Até o momento, a capital não registrou nenhum óbito associado a dengue. A doença, porém, causou mortes em outros municípios paulistas.
Segundo o Meio de Vigilância Epidemiológica, foram registrados 10.728 casos de dengue no estado até o último dia 20, e quatro pacientes morreram. As vítimas residiam em Bebedouro, Jacareí e Pindamonhangaba, onde houve duas mortes.
Além desses locais, a cidade de Dois Córregos, também no interno paulista, divulgou um óbito em decorrência da doença. O caso foi noticiado pela prefeitura no último dia 26.
Maior taxa de casos
A capital paulista possui atualmente um coeficiente de incidência (INC) de 14,9, ou seja, tapume de 15 casos confirmados por 100 milénio habitantes. A taxa ajuda a identificar áreas de maior ou menor transmissão e varia entre as diferentes regiões.
O maior coeficiente da cidade está no Jaguara, na zona oeste. Foram 127 confirmações desde o início do ano, causando uma taxa de 534,5.
Na região meão, o província administrativo com maior INC é a Santa Cecília (12,4 a cada 100 milénio habitantes), com 11 casos de dengue confirmados. Já na zona leste, Itaquera possui o maior índice. Foram 188 casos confirmados desde o início do ano, levando a uma taxa de 88.
Na zona setentrião, o Jaçanã teve 51 ocorrências confirmadas (INC de 52,9); na zona sul, o Campo Limpo soma 103 casos da doença (INC de 44,2); e na região sudeste, a Chuva Rasa lidera a lista, com 24 confirmações e coeficiente de 24,5.
Combate à doença
Segundo a governo municipal, foram realizadas 256.127 ações de combate à dengue neste ano, considerando visitas lar a lar, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras. Em 2023, foram 5.317.437 atividades de prevenção.
As ações de combate à dengue serão ampliadas a partir de 1º de fevereiro com o aumento do efetivo de agentes ambientais e de saúde. O número passará de 2 milénio para 12 milénio funcionários no trabalho de identificação e eliminação de criadouros do mosquito Templos dos Egípcios, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
Também está previsto para levante sábado (3) um “Dia D” de ações de combate à doença. Todas as 471 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estarão abertas das 8h às 17h com médicos e profissionais de enfermagem para realizar atendimentos e testes rápidos de dengue.