Maio 6, 2025
segunda temporada de série de ficção científica carrega no clima sombrio
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Quase três anos após a estreia da primeira e elogiada temporada, “Ruptura” avança sua propositadamente esquisita trama a partir do próximo dia 17, em dez episódios semanais na AppleTV+. E bota esquisita nisso. A gigantesca lista de temas proibidos nas entrevistas com Dan Erickson e Adam Scott, na capital paulista para a conferência pop CCXP, por exemplo, dava a sensação de que o repórter do GLOBO teria de separar sua existência profissional daquela usada, em uma sala de hotel, para entrevistar criador e protagonista da obra dirigida por Ben Stiller. Quase como fazem os funcionários do setor de Refinamento de Microdata da Lumon, a sinistra corporação onde se passa a maior parte da ficção científica.

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Não foi preciso. Apesar do mistério, os dois revelaram algumas pistas sobre o que acontecerá, dentro e fora dos limites da empresa, com o Mark vivido por Scott e seus companheiros Helly (Britt Lower), Irving (John Tuturro) e Dylan (Zach Cherry).

— Nos deparamos com uma realidade ainda mais sombria e intensa do que antes, com ramificações inesperadas das ações dos quatro innies no encerramento da temporada inicial. Entramos em um terreno mais perigoso e assustador para todos os envolvidos — diz Erickson.

A série de ficção científica parte da possibilidade de funcionários apagarem todas as memórias da vida lá fora ao entrar na área de trabalho da Lumon. Labuta, aliás, que, no caso do quarteto, se resume a uma coleta de números sem nexo à frente de um computador, em sala asséptica que se chega após atravessar corredores idem.

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O segundo tomo de “Ruptura” começa exatamente após a conclusão da primeira temporada, quando os innies mencionados por Erickson se rebelam contra o que passam a perceber como exploração e tortura psicológica da Lumon. Novas tramas e surpresas são exploradas, mas sem garantia de respostas definitivas. No dia da entrevista com Scott e Erickson, a Apple anunciou que a terceira etapa da história está confirmada.

— Celebramos a renovação, mas, que fique claro, sempre pensei em “Ruptura” como uma série de 45 temporadas com os principais twists na última, que escreverei pouco antes de morrer — brinca Erickson.

Ele teve a ideia para a série quando trabalhava em um lugar, de novo, bem “estranho”. Quando estudava roteiro em Los Angeles, pagava os boletos batendo ponto no escritório de uma marcenaria especializada em portas. De casas, de escritórios, de prédios públicos. Portas.

— Todo dia, quando entrava no escritório, pensava em como gostaria de ser capaz de avançar o relógio e sair de lá sem lembrar de nada do que fizera naquelas horas. Mas então refleti sobre o desespero de se desejar experimentar menos de sua própria vida, seja o que for. Desse paradoxo nasceu “Ruptura” — conta o roteirista.

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Um spoiler inconsequente é revelar que há uma homenagem a portas na segunda temporada. Não perca. Outro, de bastidores, quem oferece é Adam Scott. Ele conta que lutou muito para não cair na tentação de fazer dois personagens diferentes, o Mark de fora do trabalho e seu innie. Que as interpretações em “Ruptura” são menos o monstro e o médico (ou vice-versa) e mais um avatar do sujeito real que sofre um trauma tão devastador que precisa passar algumas horas sem lembrar de si. Literalmente.

— Era atraente pensar que um Mark mancaria e o outro fumaria um cachimbo. Mas queríamos mostrar como a mesma pessoa tem comportamentos diferentes, dependendo da situação e com quem interage — diz o ator.

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“Ruptura” reflete, de forma ao mesmo tempo divertida e profunda, sobre o tempo. Sobre o desejo de não se sentir dor. Sobre se seria bênção ou armadilha poder escolher as memórias que queremos carregar conosco. E a segunda temporada oferece mais detalhes sobre a vida extramuros dos personagens que informam as relações dentro da Lumon, inclusive em torno dos romances dos “innies” Mark e Helly, e, claro, Irving e Burt (Christopher Walken).

— Walken e Turturro são amigos de longa data, ficaram muito confortáveis fazendo um par romântico gay maduro. Mas não escrevi os papéis com atores definidos em mente e quase caí para trás quando Ben me disse que tinha pensado neles. É inevitável não relacionar os dois, por conta de suas carreiras, a algo “estranho”, o que era perfeito para a série. Mas, além disso, eles imprimem uma ternura propositadamente alienígena do universo estéril da vida corporativa. Eles são, inegavelmente, um trunfo de “Ruptura”— diz Erickson.

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Também vale prestar ainda mais atenção às evoluções da Harmony de Patricia Arquette e, especialmente, ao agora mais poderoso Milchick de Tramell Tillman. Eles são, na estrutura da Lumon, os “adultos da casa”, pontua Erickson. Em contrapartida, o quarteto central — Mark, Helly, Irving e Dylan — foi apresentado aos espectadores em 2022 “como se estivessem em sua infância”, já que haviam acabado de concordar em perder suas memórias quando dentro da Lumon. Na segunda temporada, “chegaram à adolescência, com seus conflitos”.

— A perspectiva sobre o tempo em “Ruptura” é única. Para os innies não há folga, descanso, sono. Eles não dormem, só existem 40 horas por semana no trabalho. Todos têm relógios, mas sem números — diz Scott.

O tempo está quase acabando, mas é inevitável não abordar a ironia de se fazer uma crítica a corporações bancado por uma delas.

— Fiz essa pergunta a eles quando conversamos pela primeira vez sobre a série. E pensei que eles possivelmente relutariam em seguir em frente ao ver a luz que jogamos sobre o mundo corporativo. Mas jamais nos disseram para não fazer algo. Estão tão conscientes como nós de que é a Apple que está contando essa história. E da forma mais desinibida possível — jura Erickson.

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