Sem jogo e sem notícia do meu time apaixonado – Canto do Galo

Já vivi (vivemos) dezenas de períodos sem futebol. Via de regra, dezembro é o mês das contratações e mudanças de treinador, gerando muitas especulações. Quem sai e quem vem. Ontem, nesse Canto do Galo, mostrei aqui minha opinião sobre essa situação no elenco Atleticano. Assustei ao dar o balanço que ficaria com apenas seis, sendo 14 sendo reoportunizados e 13 dispensáveis. O que comprova ter sido nosso final de temporada.

Ainda doídos com as perdas das Copas – Brasil e Libertadores – seguimos tentando juntar os cacos e olhar para o futuro. Ontem, a derrota do Botafogo na estreia do mundial, deixou muito Torcedor aliviado. Lógico que cada jogo é um jogo, mas o time carioca foi penalizado pelo duro calendário brasileiro. E nós jogamos mais partidas que o adversário que nos tirou o título da Libertadores. Em tese, iríamos muito mais quebrados para pegar o Pachuca.

Não fizemos papel de Tchutchuca. É mais um clube brasileiro, onde se inclui o nosso Galo, a dar vexame no mundial. O último com esse formato, já que a partir da próxima temporada serão 32 equipes de todo o planeta Terra. Além do nosso time, também Internacional, Palmeiras e Flamengo não chegaram às finais como era esperado. Agora o Botafogo, uma rodada antes, já que os demais caíram nas semifinais e neste mundial a FIFA adicionou as quartas de finais e foi aí que a soberba carioca caiu de três.

E, aqui deste cantinho Atleticano – cá na Cidade do Galo – ainda aborrecidos com o final de ano melancólico, seguimos sonhando com profundas mudanças para o futuro. Sem me ocupar se o Vargas – que nos tirou de três mata-matas da Libertadores apagou as fotos nas redes sociais – quero é saber quem vem para o lugar dele, de outros e até de posições que temos carência. Na minha relação de ontem, Arana é um entre os poucos que gostaria que ficasse, mas houveram contestações. Everson é outro, mas o Bahia tá querendo. Scarpa estaria insatisfeito? Não creio, mas foi dito. Paulinhooperado, vai demorar a voltar aos gramados. Batalhavolante e não zagueiro; completando com Hulkcuja história no futebol brasileiro se resume ao nosso Galo.

Como podemos observar, entre 32 jogadores, nem os principais do elenco temos segurança de contar no início da temporada. Tem Departamento Médico, eventual desejo em sair e até necessidade de fazer caixa. Os demais estão no débito, refiro aos que passariam por nova oportunidade. E, sabemos, é impossível desfazer de um elenco inteiro e refazer com outros profissionais. Nossa base, que já foi celeiro de craques, tem se mostrado mais peso nas contas que revelando jogadores. Nem títulos tem conquistado os meninos do Galinho.

Sem rádio e sem notícia das terra civilizadaconforme cantava Luiz Gonzaga em Riacho do Navioseguimos os Atleticanos sem jogo e sem notícia do meu time apaixonado. Entendo e defendo, antes do necessário ato de reformular o elenco, fundamental é saber quem vai ser o treinador para a próxima temporada. Já disse quem tenho receio – Tite, Mano, Renato Gaúcho e até o Alexi Stival depressivo, o Cuca de alto astral eu quero -, desdenho sul americano e torço para uma escolha acertada seja nacional ou portuguesa. Que decidam logo. Aliado a isso, treinador e reformulação ampla do elenco, é preciso que a direção – sobretudo os sócios investidores (donos) – aprendam a viver e conviver com as críticas. Time de futebol, cujo maior patrimônio é o torcedor que veste a camisa, não é investimento, bolsa de valores e especulação financeira. Ah! E entendam que a imprensa, onde existe democracia, é livre e sem censura. Sigamos!

*fotos: flickr Atlético