Novembro 17, 2024
Série Barracões: Com enredo afro e de fé, Vila Maria procura o retorno ao Grupo Próprio de São Paulo

Série Barracões: Com enredo afro e de fé, Vila Maria procura o retorno ao Grupo Próprio de São Paulo

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A Unidos de Vila Maria teve problemas no desfile de 2023 e acabou sendo rebaixada para o Grupo de Aproximação I posteriormente um tempo distante do grupo. Para o retorno ao Grupo Próprio, a escola optou pelo carnavalesco carioca, Fábio Ricardo, e trouxe um enredo dissemelhante para as características da escola, apesar de manter o lado da fé, trouxe o afro com o:  “Forjados na Luta, Guiados na Coragem e Sincretizados na Fé: A Vila Canta Ogum!”.

O site CARNAVALESCO visitou o Barracão da Vila Maria que está localizada perto do Sambódromo do Anhembi, e conversou com o enredista Roberto Vilaronga, já divulgado no carnaval de São Paulo, e seu irmão, Fábio Ricardo, que chega para desenvolver seu primeiro carnaval paulistano.

Conheça o enredo da Vila Maria

Com um enredo afro na Vila Maria, o que não é um tanto tão geral, o enredista Roberto Vilaronga nos contou sobre o desenvolvimento do enredo e a relação com a fé da Vila Maria, que é uma escola muito ligada a São Jorge.

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“O enredo, ele trata de porquê o brasílico, porquê as pessoas no Brasil se relacionam com o orixá Ogum. Isso, ela fala muito sobre porquê a gente se relaciona com a fé, de porquê a gente entende a fé e de porquê a gente prega a nossa fé. Portanto a gente buscou no orixá Ogum, que é uma referência também para a comunidade da Vila Maria, porquê São Jorge. Portanto iniciamos o nosso enredo falando um pouco sobre ancestralidades, porquê surge o Ogum, o que o Ogum traz para a humanidade, que é a forja do ferro. Depois a gente fala de porquê essa religião aporta no Brasil, com a diáspora africana, e ela traz o candomblé e o candomblé se torna uma das principais religiões desse país. Falamos de porquê é cultuado no Xirê, porquê é cultuado pelas pessoas e pelos outros orixás. Falamos também de porquê é cultuado na Umbanda, porquê o Ogum é venerado na Umbanda, e a gente chega também no final do desfile, no último setor, onde a gente fala porquê ele é cultuado no catolicismo, chegando nas festas de São Jorge, na Alvorada, e assim a gente encerra o desfile. Portanto, basicamente, o enredo trata de porquê nos relacionamos com a nossa fé, porquê a gente se relaciona com o orixá Ogum”.

O carnavalesco Fábio Ricardo seguiu o enredista Roberto e complementou sobre o enredo: “E com a própria relação do catolicismo, ela entrou mais poderoso, eu aponto aí, por conta da própria escola, porque a escola tem o padroeiro que é o São Jorge, e é interessante que existe uma sarau todos os anos dedicada a um grupo grande de pessoas ali na Vila Maria, é uma sarau grande com festejos mesmo, não é só uma simples feijoada. Tem doutrinado, tem procissão, tem tudo, logo eles montam realmente uma Alvorada, uma anunciação da São Jorge. Portanto assim, não é catolicismo que a gente está falando ali só no último setor, a gente vai ter o representativo do santo guerreiro, mas ali é a própria Vila Maria homenageando o seu padroeiro, entendeu? Portanto esse último setor, ele é todo realmente pensado nos festejos de São Jorge, porquê o melhor festejo de São Jorge da própria Vila Maria, as pessoas vão ver Vila Maria e vão ver esse fecho que a própria escola faz para ela mesmo, o padroeiro, e abre aspas aí, que poucas pessoas sabem disso, esse enredo foi a pedido exatamente do próprio presidente, a gente já tinha vários enredos e foi pedido ao próprio presidente. Pois já tinham falado da padroeira da escola, já tinham falado de tantos enredos e nunca tiveram… O mesmo enredo foi da própria escola, do bairro. E o presidente sentiu no coração que estava na hora de homenagear nesse momento, tão que a gente precisa da força de São Jorge, da força de o mundo, dessa virilidade, de homenagear o próprio Santo Guerreiro para dar força para a Vila Maria chegar no lugar que ela nunca deveria ter saído. Portanto assim, foi importante essa decisão do presidente e a gente comprou a teoria e o sentimento, a gente não só comprou a teoria, a gente comprou a teoria e o sentimento da escola também”.

A comunidade aprovou o tema

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A alegria da comunidade com o enredo foi contada pelo carnavalesco Fábio Ricardo: “Quando foi anunciado, isso foi um estouro. E aí eu nunca tinha visto pessoas se emocionando também na escola, logo é uma escola apaixonada e isso é o que te dá mais força e virilidade para você continua”.

“É um enredo, um pedido veio da comunidade, uma teoria do presidente, um sentimento que ele teve e isso fez com que a escola abraçasse, todo mundo abraçou e a comunidade festejou, quando o Fábio fala de proclamação, foi numa feijoada da escola e o proclamação, a escola veio inferior, começou muito muito. Depois teve a disputa de samba, foi escolhido um samba que retrata perfeitamente o nosso enredo e um samba de pessoas da comunidade, de compositores que estão há muitos anos no Vila Maria. Portanto isso é mais um ponto, mais uma pitada dentro da virilidade desse enredo”.

As curiosidades descobertas na pesquisa do enredo

O carnavalesco Fábio Ricardo falou sobre as curiosidades que encontraram: “Olha, eu acho, da minha secção, cada coisa que você vai pesquisando, aí tem a pesquisa de texto, a gente embasar tudo, que meu irmão (Roberto, enredista) faz isso, e aí tem a pesquisa de visual, é na pesquisa de visual que a gente começa a deslindar as coisas, entendeu? A gente partiu para os nomes Yorubá, que é importante, e a partir dos Yorubás, fui descobrindo muita coisa, o Google ajuda à beça”.

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Complementando a fala do carnavalesco, Roberto ressaltou a identidade visual porquê o ponto principal porquê invenção: “Uma boa referência para dar, né, que você fala de invenção, é a a própria referência gráfica, visual, que você está dando, de Iracy Carise”… E Fábio Ricardo incrementou falando: “Isso foi muito importante, porque a partir dali eu fui pesquisando”, assim prosseguiu o enredista Roberto citando: “A Iracy Carise, ela, e ele usou a referência de um outro artista, Rubens Valentim, logo tem dois artistas aí, os dois são brasileiros, mas o Rubens Valentim ele é mais contemporâneo, ele é mais da atualidade”. e o Fábio Ricardo complementou: “Eu bebi na manadeira do Rubens Valentim, não é que eu vou fazer isso, mas eu bebi na manadeira ali porque é um rosto que mostra para esse segundo setor uma forma de ver a religiosidade dos orixás mais contemporâneos nos dias atuais. O que é São Paulo? Estampa, grafite, sabe, movimento, alguma coisa dissemelhante. Eu quis buscar para o Carnaval, que também é São Paulo, o que é São Paulo, entendeu? Uma vez que assim, o Rio de Janeiro apresenta lá, foram 31 lá no janeiro, a gente apresenta a rosto do Rio de Janeiro, precisamos mostrar o que é a rosto de São Paulo, a lado dos trabalhadores foi dentro do metrô, que eu fiz assim, ó, cá tá força de Ogum, aí o que que tem de professora, garçom, operário indo trabalhar? Aí eu falei assim, vamos, esse setor vai ser assim… Portanto sabe, o que São Paulo inspira, entendeu? E aí outras formas, só no Museu de Afro-Brasileira, que é o maior da América Latina, tá?”.

O enredista Roberto prosseguiu falando sobre o tema: “A gente fez a pesquisa no Museu Afro, né, logo no início, logo muita referência visual. O Fábio buscou ali, né, logo, depois que a gente saiu de lá, ele começou a notar, e aí ele não gosta muito (de internet), e eu acho que respondendo a tua pergunta, o que que tem de curioso, né, de dissemelhante que viu, são as referências que ele utilizou de formas de Iracy Carise, de Rubens Valentim, e de porquê ele se inspirou no contexto da cidade, né, no dia a dia de São Paulo, na contemporaneidade de São Paulo, para trazer essa linguagem para o carnaval dele”.

História marcante

Os irmãos falaram sobre toda a fé que o brasílico tem, e que sempre encontram alguma proteção, seja qual religião for. Foi um tema muito comentado por ambos durante a entrevista, inclusive dando exemplo deles mesmo. Quando Fábio Ricardo ainda antes de nascer, quase não sobreviveu e teve pedido do seu pai. Assim porquê a relação dos irmãos que indiretamente frequentaram uma vivenda espírita juntas, Fábio mesmo sem invitar o irmão, acabou que Roberto um dia cismou, foi, e não saiu mais.

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Revelação de uma promessa feita do pai para o Fábio Ricardo: “Faço com muito saudação, porque eu fui batizado na Igreja de São Jorge, graças a Deus assim, cá estou cá sentado com você, graças ao meu pai, que fez uma promessa São Jorge, para o fruto dele, o primeiro fruto dele, não perder a vida, porque eu tive uma infecção, nem vinha, e eu fui batizado às pressas, não estava na era, e cá estou vivo. Até hoje meu pai vai na Igreja, e cumpre a promessa dele com São Jorge, porque eu estou cá de pé, entendeu? Portanto isso para mim é muito importante, eu não sou só um rosto de outro, que passei por alguma religião, meu início, ligado ao São Jorge, essa virilidade toda, é ligada também a minha veras, assim porquê a Vila Maria. Ou seja, as coisas foram se juntando, eu falo que as coisas quando tem que se juntar, elas se juntam, e aí eu fiquei, o Beto quando começou a grafar para mim e leu, e depois assim, poucas vezes aconteceu isso, eu me emocionei, parei assim”.

O enredo tem grandes representações para os irmãos, e Roberto ressaltou: “A gente tentou trazer referências que fossem verídicas, não só para a escola, mas para o Fábio, que por fim é ele que está fazendo o enredo, sai da cabeça dele o que as pessoas vão ver, logo tinha que ter essa pegada voltada para a emoção mesmo, para o que de traje as pessoas cultuam, e a gente na quadra conversou muito com a gente”, e o carnavalesco Fábio Ricardo complementou: “Porque todo mundo falou assim, obrigado porque a gente precisava disso, sabe? Era o mesmo que eu senti quando eu li, o que também foi para mim, quando a gente, ali foi para mim, porque eu vi a minha família ali, na fé, entendeu? Eu vi a minha família na fé, assim porquê toda Vila Maria quando recebeu o enredo, ele viu a fé deles ali”.

Logo que saiu o enredo da Vila Maria gerou dúvidas sobre do que se tratava, e Roberto resumiu: “É um enredo de fé, se eu for reunir em uma termo, de tudo que a gente falou, o que que é o enredo? É sobre a fé, é sobre a fé em qualquer São Jorge, nessa virilidade que ele traz né, logo acho que é a forma mais simplista e mais objetiva de expor o que que se trata esse enredo né, não é o enredo sobre Ogum, não sei onde, não, é sobre a fé, de porquê a fé, de porquê isso toca na vida das pessoas, representam isso né?”

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Trunfo do desfile

O enredista Roberto falou sobre o trunfo que a Vila Maria tem: “Para mim, o trunfo é quando a comunidade vê as alegorias. Isso, sim. Isso vai ser o grande trunfo. Para mim vai ser a grande mola propulsora do desfile. Quando eles chegarem ali na concentração e verem os carros da Vila Maria, aquilo vai deixar eles doidos”.

Complementando o enredista, Fábio Ricardo ressaltou o que espera da escola em uma guerra com ela mesmo no esquina: “A escola toda. Não só os carros. Quando eles se derem conta que vão… Porque é uma coisa que eu aprendi. Antes de você riscar um figurino… Você faz assim já vê a escola toda montada na avenida pronta. Isso eu aprendi com o Joãosinho Trinta. Antes de você riscar. Quando você sai o enredo, você já vê. Tem que ver ela pronta. Isso é muito importante. Você sabe o que ele vai fazer. E aí isso vai ser pra Vila Maria. Quando todo mundo estiver lá com o carruagem. E um olhar pro outro e falar assim. Agora vamos  pra guerra. Mas sabe por quê? Não é porque é melhor nem pior do que eles já tiveram, não. Não é zero disso. É porque eu acho que é uma virilidade dissemelhante. É no momento que ela precisa. Entendeu? Eles vão estar ali, chegando num desfile de aproximação. Vai ser antepenúltimo escola. Já vai ter pretérito grandes escolas na avenida porquê Nenê. Escolas enormes, maravilhosas. E a Vila Maria vai estar ali, no meio do Queima Cruzado. Vai ter duas escolas enormes depois para vir. Portanto eles vão vir ali. Quando olhar a escola montada, eles chegaram e vão”…

Setor a setor 

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O enredista Roberto Vilaronga contou sobre os setores da assembleia com ajuda do carnavalesco Fábio Ricardo, foram dando uma pincelada no que vão apresentar no Anhembi:

Setor 1: “O primeiro setor é a ancestralidade, é a força ancião, é de porquê o orixá, porquê o Fábio comentou, porquê a força bicho sempre falou a língua dos homens, a terreno vai conversar com isso e onde surge o orixá Ogum. Neste primeiro setor citamos a ancestralidade e o que que o Ogum trouxe para a humanidade, o que, que é? É o ferro, a forja do irin, e isso vai fazer com que o irin a gente use até hoje para tudo, o Ogum é o orixá do ferro e da tecnologia, que é um tanto que vai levar para as próximas gerações, até quando a gente não estiver mais cá. Portanto esse primeiro setor ele é muito isso, logo a gente tem ali no primeiro setor a percentagem de frente, que a gente não fala ainda sobre. Temos as alas das forças ancestrais dos animais, logo tem a girafa, né, tem vários…

O carnavalesco Fábio Ricardo complementou: “Porque os animais, porque até hoje eles fazem os cultos a essa ancestralidade, se você pegar qualquer National Geographic ou Netflix, você vai ver máscaras de animais, aqueles cultos que eles fazem dançando que o pessoal fica assim, aquilo dali é um doutrinado ancião pra ele, e você vê que a cabeça de boi, entendeu? Vou dar um exemplo, cá rápido, as pessoas assim, lá é a cultura deles, daqui a gente não fala que tem, os nossos indígenas não têm os animais que conversavam com ele há milhares de anos detrás que eles falam… Que tem um ofídio grande, uma que virou lua, virou estrela, exatamente isso era a África, logo assim, e foi na Grécia que teve o Minotauro, isso são coisas vividas que estamos trazendo e poucas pessoas têm essa informação. Fui a fundo realmente, zero disso eu tô inventando, estamos criando, dando referências de uma África que poucas pessoas conhecem”

Setor 2: Voltando para o enredista Roberto, contou sobre o segundo setor “Fechando esse primeiro setor, a gente secção para o segundo setor, de porquê essa virilidade de ogum, ela chega no Brasil e ela é vestida pelos brasileiros. Uma vez que os trabalhadores eles se vestem disso, porquê eles saem a rua, logo temos uma lado ali falando dos trabalhadores”.

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O carnavalesco Fábio Ricardo prosseguiu: “Ela passa pela melhor essa virilidade, ela passa porquê se fosse uma força e uma potência muito grande que ela vai levando, que vai ser mostrada visualmente em movimentos. Assim, para as pessoas verem o que o ogum, quando tirou o Irim da terreno para levar… ‘Ah, o ogum é de terreno não, não é só de terreno’, o ogum, de um dos itãs, ele viu que o varão, aí entra o varão, nasce o varão na terreno, que é o primeiro povo, o povo de elifer, que nasce, os orixás viviam junto, eram deuses que viviam, orixás que viviam junto com o varão, e aí o varão não tinha ainda a sapiência de entender porquê ele vai tratar da terreno, ele só tirava, até que um dia o povo passou penúria. O Ogum pegou sua perceptibilidade, um orixá muito perceptibilidade, de pensar muito, com o próprio Irim ele fez, além de ter oferecido a arma para ele se defenderem, a punhal para se tutorar, ele criou as ferramentas para o varão arar a terreno e cuidar da terreno e debutar a plantar por seu próprio sustento, logo, Ogum também matou a penúria do povo. Fez o varão trabalhar, o celular que você está segurando, ele tem detalhes em terreno, que é tirado dessa grande sensibilidade que nós vivemos hoje”.

Roberto: “No segundo setor, logo, a gente fala de porquê isso se chega no Brasil, e de porquê isso é tratado no candomblé, logo, não vamos falar do candomblé pelo candomblé, falaremos das referências, nas alas você pode perceber que tem das guias, os patuás, tem o Ilê Axé e o Mariô, que a gente fala bastante, porquê o Fabinho explicou, o que é o Mariô, o Mariô é a vegetal ali que utiliza o vestimenta”… e o carnavalesco Fábio Ricardo disse: “A folha do dendezeiro, ela trabalhada, não vou dar o oro da folha, é a folha do dendezeiro, que é onde o dendê é um dos mantimentos de Ogum também, e essa folha do dendezeiro tem os Itãs, que Ogum um dia se vestiu também de Mariô, um dos Itãs dele”, e Roberto completou explicando outro caso: “Itãs são as lendas que permeiam o Ogum, e tem Itãs de todos os orixás”.

E o Fábio Ricardo complementou “Até porque não existiu um Ogum só, não existiu uma Iemanjá só, não existiu um Odé, existiu várias Oguns, por isso que existe dentro do Candomblé, várias qualidades de Ogum, porque existiam vários Oguns. Portanto cada Ogum trazia sua virilidade dissemelhante, o primeiro Ogum se labareda Ogum-Ajô, que é o que traz a chave, que abre o caminho, e isso vai estar presente, que é na parábola, é o que tem o cão, que é um dos elementos que é na natureza dele, isso é muito importante. Pontuei certinho e seguindo também muitas coisas da minha percepção, exatamente desses pontos para permanecer de uma leitura fácil, e as pessoas vão olhar, quem tem que entender, se lembrou que tem aquilo, que poucas pessoas não têm informação hoje”, e o Roberto fechou: “E aí a gente fecha o segundo setor com o segundo carruagem, que é o Shire, o próprio Samba fala, tem sarau no Shire, logo essa sarau no Shire é o Shire que a gente vai fechar no segundo carruagem”.

Setor 3: “Entramos em um terceiro setor, onde a gente passa porquê manifestado, cultuado, Ogum na Umbanda, logo falamos das sete linhas da Umbanda, dos Caboclos, dos generais de Umbanda, para fazer a referência de traje de que Ogum não é só na Umbanda, no Candomblé, ele também está na Umbanda. E entramos em um setor onde a gente vai festejar, vai falar de porquê é a relação no catolicismo, de porquê é que é essa relação, logo mais uma vez, porquê é que é na religião, não é a religião, porquê é tratado. Falamos das festas, porquê os passistas, por exemplo, são os festejos para São Jorge, logo é porquê o São Jorge é da Capadócia, mas ele também é daqui, o São Jorge é da Capadócia, mas ele é daqui também, e usamos isso na sinopse”, e o Fábio completa: “São diferentes que são da onde que ele nasceu. O festejo brasílico”, e Roberto prosseguiu: “Tem a lado da fé, de porquê pedimos as coisas, porquê agradecemos, porquê fazemos promessa. Tem a lado das promessas, a lado da vela, que é uma referência maior, de que eu vou inflamar vela para São Jorge, vou inflamar a vela para o Santo, e a gente fecha com um visual, vou tentar falar o menos provável, um visual muito voltado para o que o Fabinho faz, que é o pormenor. Portanto tem um visual voltado a São Jorge, a gente não tem porquê deixar de tê-lo, mas vamos produzir um visual que ainda não foi usado pela Vila Maria, um tanto dissemelhante, e de outra escola também, porque já passou muito São Jorge, mas não tem um ego assim, era uma coisa que eu sempre quis fazer, e para apresentar ele, um grande estilo, e da onde que… nós sabemos da onde que ele vem”.

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Ficha técnica:
3 alegorias
16 alas
1800 componentes



Fonte

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