Duas rodadas. Parece pouco, mas um sexto do Paulistão já passou, e dá para termos uma noção melhor do que esperar da Lusa nesse ano. Resguardo sofrida e ataque de qualidade, mas todo mundo com vontade de vencer.
+ Apesar de guião, Victor Andrade elogia esforço do time da Lusa
Ambas as partidas foram emocionantes pra quem assistiu. Contra a Inter, uma viradela nos acréscimos, naquele que pode ter sido um ‘jogo de seis pontos’. Contra o Red Bull, começamos muito, decaímos no decurso do jogo e só acordamos depois que surgiu o pênalti e a expulsão – mas, por muito pouco, não empatamos.
Por enquanto, o torneio tem sido uma montanha-russa, com a Lusa oscilando muito, tanto que somos um dos três melhores ataques, e a segunda pior resguardo.
O lado bom é que isso não parece ser exclusividade nossa: Somente o Santos conseguiu vencer os dois jogos até agora. Se continuar assim, devemos manter a preocupação em não desabar, mas conseguindo nos salvar de forma mais tranquila que no ano pretérito, e com a sonhada vaga na Série D.
A depender de porquê forem os outros times do nosso grupo, dá até para sonhar com a classificação, mas acho difícil, mormente pela primeira metade da nossa tábua. Nos próximos quatro jogos, três são fora, incluindo os grandes São Paulo e Corinthians e o venerável São Bernardo. Em vivenda, pegamos a Ponte Preta. Meu receio é jogarmos muito muito e, mesmo assim, não pontuarmos o suficiente. Pensando em não desabar, o ideal seria conseguir no mínimo 4 pontos.
Mas mesmo que tudo dê inexacto até lá, não devemos desanimar! Depois as coisas devem permanecer mais tranquilas, porque temos três jogos consecutivos no Canindé: – Chuva Santa, Guarani e Palmeiras. Essa leva que vai definir se nossa reta final, com Botafogo (fora), Mirassol (em vivenda) e Novorizontino (fora), vai ser de otimismo ou de desespero. Por enquanto, tem tudo para ser de otimismo!
* André Carlos Zorzi é jornalista, responsável de “Para Nós És Sempre O Time Vencedor – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Paixão e Luta”.
** Levante texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA