Um balão caiu na madrugada desta segunda-feira (22) no bairro do Aricanduva, na zona leste de São Paulo, pegou incêndio e atingiu imóveis e uma creche. Com uma cangalha (estrutura presa no balão feita para carregar fogos), passou pelo bairro de Itaquera, onde arrastou e tombou um carruagem e ergueu uma motocicleta, fazendo-a permanecer presa na fiação elétrica em um poste.
Sete bairros da região ficaram sem luz: Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, Vila Carmosina, Vila Progresso e Vila Ré. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 3h para extinguir um princípio de incêndio numa residência. Ninguém ficou ferido.
De convénio com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), soltar balões é transgressão previsto na Lei 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 milénio, devido ao risco que oferecem, já que são feitos com material inflamável, podendo originar incêndios quando caem.
Segundo o solicitador João Blasi, da Partilha de Investigações sobre Infrações contra o Meio Envolvente, a Polícia Social já realizou diversas operações contra a soltura de balões. Normalmente a prática aumenta nos meses uma vez que junho e julho, por justificação das festas de São João.
“Quem solta não tem teoria das consequências que isso pode gerar”, ressalta, ao lembrar dos riscos que ainda justificação à aviação. “Imagina o piloto estar decolando e, do zero, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão”, disse.
A Polícia Militar Ambiental também tem trabalhado no combate a esse tipo de transgressão. Só na sexta-feira (19), 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas pelas equipes durante a Operação Guardião das Florestas.
Segundo a SSP, desde janeiro de 2024, os Bombeiros atenderam 15 ocorrências de incêndio causadas por quedas de balões. Desde junho até o momento, foram 8 casos. Já a Polícia Militar Ambiental apreendeu 35 balões até o momento.