Tem milho na alimento dos alunos das escolas estaduais no mês de junho. Desde o ano pretérito, a Secretaria da Instrução do Estado de São Paulo (Seduc-SP) inclui todo mês um resultado sazonal na compra de frutas, verduras e legumes enviados para a alimento escolar. Neste ano letivo, os estudantes já provaram pera, escarola, berinjela e, agora, no mês das festas juninas, 2 milhões de espigas estão sendo entregues sobre 3 milénio escolas estaduais.
Das mais de 5 milénio unidades de ensino, a alimento escolar é oferecida diretamente pela Seduc-SP a 3 milénio delas. Nas demais, a alimento é fornecida por meio de parcerias com as prefeituras e Secretarias Municipais de Instrução.
Neste mês, principalmente, o milho estará presente nos refeitórios, mas também nas salas de lição. Junto com dicas de preparos com o milho, porquê a própria espiga cozida — que tem sido um sucesso entre as crianças —, o curau, suco, bolos, creme de milho e viradinho de milho, com receitas testadas na cozinha experimental pela equipe de nutricionistas da Seduc-SP, as escolas também receberam materiais e orientações para a prática pedagógica. A partir do milho, professoras e professores poderão discutir com os estudantes a relação dos povos originários com o iguaria, manifestações culturais e festas regionais.
Pamonha de Piracicaba
A Escola Estadual Comendador Mario Dedini, no bairro Algodoal, em Piracicaba, servirá o milho no lanche da tarde para os seus 380 estudantes na tarde desta quinta-feira (20). Na primeira quinzena, as crianças do 1º ao 5º ano provaram o milho na espiga e aprenderam sobre o iguaria dentro da sala de lição. Desta vez, a gestão pedagógica decidiu trazer a tradição da cidade para dentro da escola.
“A pamonha de Piracicaba é conhecida no estado todo, nós temos uma sarau tradicional na cidade, a Sarau do Milho de Tanquinho, que chegou à 48ª edição neste ano, e mesmo assim nem todas as crianças já provaram esse gula que é atrelado à nossa cidade e cultura lugar. Chegou a vez de apresentar a eles um pouco mais sobre nossa história e o milho no cardápio trouxe essa oportunidade. Tenho certeza que será uma sarau para as crianças”, conta a diretora da unidade, professora Fernanda Medinilla Antunes.
Na escola, de ensino integral, o lanche da tarde é servido aos estudantes em dois grupos: o das 13h30 e o das 14h15.
Comida sem enlatados
Nos últimos anos, a equipe de nutrição da Secretaria da Instrução deu início ao processo de retirada de vitualhas enlatados nas refeições e ampliou a oferta de frutas aos estudantes.
“O processo de finalizar com os vitualhas enlatados na rede já foi finalizado. Atualmente, a alimento escolar do estado é composta predominantemente por vitualhas da natureza e minimamente processados. As carnes e frangos distribuídos são congelados, não há mais a distribuição de vitualhas enlatados”, informa a diretora técnica do Departamento de Sustento Escolar da Instrução de SP, Nayla Veríssimo.
Nayla conta que, até mesmo o atum, que compõe o cardápio unicamente um dia no mês, que era adquirido em latas com tamanhos maiores que as encontradas no mercado, hoje é entregue à rede em formato de pouch, uma embalagem que preserva melhor o sabor e a qualidade do peixe.
Além dos vitualhas que são escolhidos para cada mês, porquê o milho, frutas porquê tangerina, caqui e goiaba são adquiridos e distribuídos conforme a sazonalidade.
Também fazem segmento do cardápio permanente das escolas abacaxi, banana, laranja, limão, maçã, mamão, manga, melancia, melão e tangerina. Entre as hortaliças, estão jerimum, abobrinha, acelga, alface crespa, alho, batata, batata gula, beterraba, cebola, cebolinha, cenoura, chuchu, couve, mandioca, pepino, repolho virente, tomate e salsinha.
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