Confesso que Foras-da-lei de Star Wars não me convenceu em um primeiro momento; o jogo não me chamou tanta atenção assim, principalmente pela enxurrada estável de conteúdos sobre o universo da Lucasfilm. Depois do Ubisoft Avançado e de jogar uma hora do game no Festival de Jogos de Verão 2024a perspectiva mudou bastante: é verosímil que haja um tanto peculiar ali.
Em uma sessão de gameplay fechada para prensa e criadores de teor, jogamos três missões diferentes de Outlaws, cada uma com sua particularidade. Uma focada em furtividade, outra trazia combate com naves espaciais, e a terceira era repleta de desafios de plataforma.
Essas três vertentes de gameplay são complementadas por um combate razoavelmente variado, que exige uma estudo simples sobre os inimigos que estão sendo enfrentados. A arma da protagonista Kay alterna entre dois modos, e eles são efetivos contra tipos diferentes de inimigos.
Outro tempero muito marcado é o de puzzles: destravar portas com um minigame de ritmo, ou hackear computadores com uma reprodução do jogo da Senha (aquele das bolinhas coloridas) dá momentos de respiro em meio às batalhas de Blasters.
Mas, honestamente, combate ou gameplay no universal ainda não me convenceram porquê o possante de Star Wars Outlaws. Não que eles sejam ruins, tudo é sólido e funciona da maneira que você espera — mas falta uma personalidade maior nesse sentido. A ajuda do fofíssimo Nix, leal companheiro de Kay, dá qualquer carisma para as batalhas, mas seus movimentos, ao menos na demo, não eram variados e nem efetivos o suficiente para justificar um uso estável.
A grande questão que ficou em seguida ao gameplay é o funcionamento do mundo ingénuo e sua integração com alguns dos elementos que só foram pincelados nas três missões jogáveis. A moto de Kay mal foi usada, e a exploração de cenários mais abertos foi praticamente nula; tudo era muito muito guiado e sem espaço para grandes desvios.
Em um jogo de mundo ingénuo, é extremamente necessário que a exploração seja prazerosa, ainda mais no rico universo de Star Wars, mas ainda não é verosímil pregar que esse é o caso em Outlaws.
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Outro elemento que não deu as caras no gameplay foi o sistema de escolhas. A reputação da protagonista e a possibilidade de se confederar a uma ou outra partido foi um ponto chave na prova do Forward, mas não pudemos ver essa mecânica na prática.
Divulgação/Ubisoft
Mesmo a divertida perseguição com naves não é suficiente para saber se essa será uma virtude do game. Ainda que tenha gostado dos poucos minutos controlando o veículo, em alguns momentos a movimentação parecia um pouco travada.
Por enquanto, o possante mais nítido do jogo é a “vibe”. O verdadeiro sabor de Outlaws está no carisma e Kay e sua parceria com Nix; a protagonista transmite crédito por meio de uma personalidade possante e de humor ácido, sem parecer forçado. Em entrevista com as diretoras de Arte e Mundo, logo em seguida a sessão, foi dito que seu incremento porquê personagem e, principalmente, porquê uma “vil” é a força motriz do jogo.
A vibe também se expande para os cenários muito variados que foram mostrados na demo. Ambientes de nevasca, desertos e, evidente, fortalezas tecnológicas eram alguns dos locais explorados por Kay, e os trailers apontam que haverá ainda mais locais diferentes vindo por aí.
Ao menos, não será necessário esperar muito tempo pelas respostas. Star Wars Outlaws chega em 30 de agosto com o peso de ser o primeiro jogo de mundo ingénuo da franquia, mas Kay e Nix têm personalidade o suficiente para encarar essa missão de peito ingénuo.