O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o lateral-esquerdo Marechal pelo seu comportamento em seguida a expulsão contra o Corinthians. Se sentindo injustiçado, o jogador falou em “roubo”. O Tribunal acolheu pedido do Alvinegro de minimizar o ocorrido, uma vez que todo o processo foi pautado pela súmula do jogo. Nela, o avaliador Paulo César Zanovelli da Silva se baseou em uma reportagem para relatar o ocorrido.
Marçal foi unicamente punido com um jogo convertido em recado pela frase “Isso cá que é roubo, Abel!”, proferida em seguida ter sido expulso em direção às câmeras de TV. O legista do Botafogo, André Alves, foi muito feliz nos argumentos para desclassificar o cláusula 243-F (ofensa à honra) para o 258 (conduta contrária à disciplina e à moral desportiva).
– É minimamente precário que um avaliador num link de uma notícia, com base em uma leitura labial sabe-se lá feita por quem, colocar em súmula que um tanto aconteceu. Com todas as vênias, entende a resguardo do Botafogo que o avaliador na redação da súmula deve se ater ao que ele vê, ao que aconteceu no campo de jogo – pediu o legista, que conseguiu convencer os auditores.
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O STJD conseguiu assim evitar que se abrisse um precedente perigoso no futebol, onde árbitros poderiam recorrer a portais de notícias para relatar fatos que não viram durante o confronto. Um tanto incabível e que fere o bom tino.
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CBF tinha que punir avaliador
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Mas se o STJD acertou, a CBF, que não para de passar vergonha com leste presidente, com jeito de interino, marcou mais um gol contra. Isso porque caberia a entidade impor uma punição severa a Paulo César Zanovelli da Silva, deixando simples que na súmula não se deve sofrear reportagens e sim tudo o que o avaliador viou em campo.
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Mas parece que a entidade não está muito preocupada com o que se passa no Brasileirão. Seus dirigentes pelo visto parecem preferir passar vergonha com as patadas de Carlo Ancelotti e as crises de Neymar. Triste futebol brasílio que tem esse grupo o dirigindo.