Março 21, 2025
Superintendente do HU de Petrolina fala sobre desafios e investimentos – Blog Nossa Voz

Superintendente do HU de Petrolina fala sobre desafios e investimentos – Blog Nossa Voz

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Em entrevista ao programa Nossa Voz da Rádio Grande Rio FM, o Superintendente do Hospital Universitário (HU) de Petrolina, Julianeli Tolentino, abordou os principais desafios enfrentados pela instituição, porquê a superlotação, a falta de leitos e de profissionais especializados, e as medidas que estão sendo tomadas para melhorar a qualidade do atendimento.

84% dos pacientes não deveriam estar no HU:

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Um dos pontos mais preocupantes é a subida taxa de pacientes que não deveriam estar no HU. Segundo Tolentino, murado de 84% dos pacientes que procuram o hospital são casos de baixa complicação, que poderiam ser atendidos em unidades de saúde de menor porte. Essa situação sobrecarrega o HU, que é referência para casos de média e subida complicação de 53 municípios da região de Pernambuco e Bahia.

“Nós recebemos em torno de 84% de pacientes que não estão em nossa referência. Ou seja, mais de 80% de baixa complicação. É por isso que eu sempre insisto junto aos gestores de saúde cá da nossa região, mormente o secretário de saúde de Petrolina, João Luiz, que é muito sensível à nossa justificação. Ele tem que participar ativamente das nossas discussões. Eu digo que nós precisamos de hospitais de barreira. São outras instituições de saúde para evitar que esses pacientes, que muitas vezes não têm alternativas, nos procurem. Uma vez que somos um hospital de porta ocasião, temos que atender esses pacientes”, disse Tolentino.

Falta de leitos e de profissionais:

Outro problema enfrentado pelo HU é a falta de leitos. Atualmente, o hospital conta com 145 leitos, mas a demanda é muito maior. Na segunda-feira da semana passada, por exemplo, o HU chegou a ter 227 pacientes internados, o que significa que 82 pacientes estavam em leitos extras.

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Porém, a prioridade é a contratação de novos profissionais da superfície de anestesistas e neurocirurgião.

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“No dia 16 de fevereiro, teremos a buraco dos envelopes com as propostas para a contratação de novos profissionais. Esperamos que nos próximos meses tenhamos a retomada do serviço de neurocirurgia. Mas, porquê eu disse, não adianta ter o profissional neurocirurgião, ortopedista ou cirurgião torácico, por exemplo, e não ter um anestesista. Por isso, estamos também procedendo para a contratação do serviço de anestesiologia. Isso é muito importante. Nós temos isso porquê prioridade e esperamos que aconteça paralelamente à contratação do neurocirurgião”, afirmou o superientendente.

Ele também acrescentou que “priorizamos a contratação do serviço. O processo está mais avançado porque estamos na temporada de buraco dos envelopes com as propostas. Esperamos que em março ou abril tenhamos a retomada desse serviço de forma plena. Isso é o que queremos e, consequentemente, evitaremos que haja a regulação, que é ruim para todos.”

Segundo Tolentino, o dispêndio da regulação é supino. “É ruim para o serviço de saúde, porque é muito rosto. Uma transferência, por exemplo, de um paciente cá de Petrolina para o Hospital da Restauração, se for por via terrestre em UTI, custa em torno de 18 a 20 milénio reais por paciente. Se for utilizada uma UTI aérea, o dispêndio é de 40 a 45 milénio reais por paciente. É um ônus muito grande. Todos perdem: o paciente sofre, a família sofre, o acompanhante sofre e podemos ter até casos porquê esse, porque a situação no Hospital da Restauração é periclitante. É muita gente, muita demanda. Às vezes, esse paciente não é muito atendido, infelizmente. Chegamos até a casos porquê esse, onde uma vida é perdida. Mas estamos na luta grande por isso, para que tenhamos uma plenitude em relação à realização do serviço.”

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Para melhorar a qualidade do atendimento, o HU está investindo em diversos projetos. Um dos mais importantes é a construção de um novo hospital.

“Reabrimos os leitos de UTI que estavam fechados e estamos com a expectativa de penetrar mais. No entanto, a estrutura física do hospital limita a expansão imediata de leitos. Para atender à demanda da região, estamos trabalhando em um projeto para a construção de um novo hospital em parceria com a Univasf. A superfície ao lado do HU já está reservada, mas ainda precisamos de recursos para a obra. O investimento necessário é de R$ 80 a 100 milhões. Estamos mobilizando políticos e parlamentares para obtenção de emendas e buscando sensibilizar o governo federalista para a valia desse investimento. Tivemos uma oportunidade no pretérito, mas não tínhamos um projeto pronto.”

Tolentino também falou sobre a urgência de um hospital de barreira em Petrolina. Esse tipo de hospital seria responsável por atender casos de baixa complicação, desafogando o HU e permitindo que ele se concentre em casos mais graves. Porém, segundo o superintendente, a expectativa em relação ao novo Hospital Municipal de Petrolina é pequena.

“A expectativa é baixa, não é grande em relação ao hospital que será de pequeno porte, porque serão unicamente 12 leitos em um hospital de portas fechadas. Se fosse um hospital de ao invés de 12 leitos, seriam de 120, eu ia expor que agora vamos ter de indumentária um hospital de barreira para contribuir e melhorar o atendimento do HU”.

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