Com subida de 36% em 2024 e de 41,5% no aglomerado dos últimos doze meses, as ações da Santos Brasil (STBP3) foram escopo de revisões no início desta semana pelo Goldman Sachs e pelo Bradesco BBI.
O Goldman Sachs rebaixou a recomendação de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 14 por ação (potencial de subida de 11% frente o fechamento de sexta-feira). Com isso, às 10h12 (horário de Brasília), STBP3 caía 5,23%, a R$ 11,97, nesta segunda-feira (20).
O banco cita três razões para o galanteio. Em primeiro lugar, o banco vê espaço restringido para expansão do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na {sigla} em inglês) em 2025 para a companhia em seguida vários anos de potente desenvolvimento.
Continua depois da publicidade
Baixe uma lista de 11 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de desenvolvimento para os próximos meses e anos
O Goldman observa que os volumes esperados para 2024 podem ser impactados positivamente pelas restrições de capacidade de um concorrente no Porto de Santos em seguida um acidente no início do ano, com um navio da MSC colidindo com o cais de um terminal da BTP. No entanto, a gestão observou que as obras de construção nas instalações do concorrente poderiam ser concluídas no início do segundo semestre de 2024 (resolvendo assim o problema de capacidade pendurado). “Porquê tal, reconhecemos a visibilidade limitada sobre se os volumes relacionados poderiam ser retidos pela Santos Brasil”, apontam. Neste contexto, o banco projeta que o Ebitda cresça unicamente muro de 10% em 2025 (versus 60% em 2024 frente 2023 e a média ponderada de 33% ano a ano entre 2021 e 2023), devido à queda universal dos volumes em relação ao ano anterior, juntamente com a desaceleração dos aumentos de preços.
O banco, em segundo lugar, também vê redução da verosimilhança de revisões positivas significativas para o consenso e que o potencial aumento dos volumes extraordinários de contêineres nascente ano provavelmente está precificado. “Porquê referência, estamos unicamente 5% supra do consenso no nível de Ebitda para 2024 e em traço para 2025”, avalia.
Assim, o Goldman também vê, porquê um terceiro ponto, um espaço restringido para uma reclassificação de múltiplos. “Olhando para o múltiplo implícito da Santos Brasil com base em sua interdependência histórica com as taxas livres de risco de 10 anos no Brasil, vemos espaço para um potencial de subida entre 5% e 10% unicamente”, avalia.
O Bradesco BBI, por sua vez, manteve recomendação neutra para Santos Brasil, com preço-alvo para 2024 de R$ 15,00, ou potencial de subida de 19% em relação ao fechamento da véspera. O banco vê que: 1) a expansão da capacidade no Porto de Santos pode reduzir a TIR (Taxa Interna de Retorno) alavancada de 10,7% para 7,3% e 2) potencial de valorização restringido em relação ao preço-alvo.
Continua depois da publicidade
O banco revisitou sua tese na Santos Brasil em seguida se reunir com Triunfo e Evolve para discutir os respectivos planos das companhias para o Porto de Santos. A Triunfo possui dois projetos de terminais campo Virente para granéis sólidos e líquidos, enquanto a Evolve tem planos para um novo terminal de contêineres com flexibilidade para somar 1,5 milhão a 4,5 milhões de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), além de granéis sólidos e líquidos.
No cenário base do BBI, a capacidade utilizada no Porto de Santos deverá variar entre 83% e 91% até 2031 com as expansões de capacidade já anunciadas. No entanto, no pior cenário, a combinação da Evolve e do novo STS10 pode fazer com que a capacidade utilizada caia para 52% até 2031, de volta aos níveis de 2013-2014.
“Em um cenário hipotético de excesso de capacidade no Porto de Santos, o que pode reduzir as taxas de caixa [tarifa cobrada pelo serviço de movimentação de carga entre o portão de um terminal portuário e o porão da embarcação] médias no longo prazo, se cortarmos a margem Ebitda de 2031 de 63% para 52%, a TIR alavancada se contrairia de 10,7% para 7,3%”, aponta o BBI.