Tesouro Direto: taxas têm dia de leve alta; isso é boa notícia?

O relatório mostrou a inflação mantida em 4,37% para 2024, após aumentar durante sete semanas seguidas. A estimativa para 2025, o horizonte que o Banco Central mais acompanha para decidir os juros, estabilizou em 3,97%, após avançar por duas semanas seguidas.

O documento concentra as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do Brasil.

Os investidores do Tesouro Direto acompanham de perto o movimento dos juros futuros, que rondam a estabilidade hoje, com tendência de alta, em um dia com destaque para as preocupações fiscais no Brasil.

O sinal de mais inflação e mais juros no horizonte mexe com os juros oferecidos pelos papéis. Assim, por volta das 13h os títulos prefixados e atrelados à inflação subiam em comparação com o fechamento anterior.

O Tesouro IPCA+ 2029 pagava 6,56% de retorno real no horário acima. O patamar atual é visto como atrativo por analistas, já que o título também cumpre a função de proteger a carteira do investidor contra o aumento dos preços.

As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice e versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.