“O toque foi extremamente útil para quem sofre de dor, sofreguidão ou depressão”, aponta Packheiser. “Já para doenças cardiovasculares, porquê pressão subida ou taquicardia, não houve um efeito tão potente. Embora o toque também possa ajudar a reduzir um pouco os sintomas, o efeito foi muito mais fraco e durou menos tempo.”
A equipe também analisou o vista envolvendo de onde vem toque e chegou a resultados surpreendentes. “Descobrimos, por exemplo, que o toque de robôs ou em determinados objetos, porquê coberta ou bichinhos de pelúcia, tinham efeitos positivos muito fortes para a saúde”, detalha Packheiser.
O toque ativa vias neurais especificas na pele, as chamadas fibras C. Elas informam ao cérebro se o toque é aprazível ou repugnante. Elas têm uma relação direta com o “núcleo de recompensa” do cérebro. O toque lento e aprazível libera o hormônio da felicidade, a dopamina, que tem um efeito positivo sobre a psique.
Já a falta de contato físico pode ter um efeito negativo para a saúde. Isso foi demonstrado durante a pandemia de covid-19. Muitos tiveram que viver em reclusão, estavam isolados e quase não tinham contato com amigos e familiares. A falta de contato físico gera a chamada “míngua de pele”, uma potente premência de toque e proximidade humana.
Isso também se aplica a idosos que vivem isolados ou em casas de repouso ou que são hospitalizados devido a problemas de saúde. Com frequência, falta a esse grupo o contato físico.
Efeitos físicos e psicológicos
Fisicamente, o toque promove a circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico e alivia a dor. O toque terapêutico, porquê massagens ou fisioterapia, pode estugar a tratamento de lesões e tranquilizar queixas crônicas.
Psicologicamente, o toque contribui para aquietar os ânimos e fortalecer a autoestima. Pessoas que vivem em um envolvente amoroso e fisicamente carinhoso tendem a apresentar menos sinais de sofreguidão e depressão, além de terem um nível maior de satisfação universal.
A carência de toque eleva ainda os níveis de cortisol, e com eles, o risco de ataques cardíacos e acidente vascular cerebral (AVC).
Quanto mais frequente, mais eficiente
Os pesquisadores também analisaram a frequência e a duração dos toques que produzem um efeito mais positivo. “Alguns contatos menores, mas mais frequentes, parecem serem mais eficazes para a saúde”, destaca Packheiser.
Entre uma massagem mais longa e três ou quatro abraços, o resultado do estudo é simples. “Os abraços, mesmo que mais curtos, são mais eficazes. O único pré-requisito é que eles sejam desejados e despertem sentimentos positivos”, afirma Packheiser.
O primeiro contato físico
O toque é extremamente importante para recém-nascidos. Os bebês geralmente experimentam isso por meio da mãe. O tato é o primeiro sentido a se desenvolver nos seres humanos. Mesmo antes de furar os olhos pela primeira vez, os bebês sentem o toque e o calor do corpo, o que lhes proporciona uma sensação de segurança e proteção.
Bebês que ganham pescoço e são acariciados regularmente se desenvolvem melhor mental e fisicamente do que aqueles que recebem pouco contato físico. O contato com a pele da mãe aumenta a liberação do hormônio oxitocina. É esse hormônio que desencadeia o trabalho de parto e o desenvolvimento do vínculo estreito entre mãe e fruto.
A oxitocina também desempenha um papel fundamental na vida adulta, pois está intimamente ligada a relacionamentos interpessoais e tem um efeito calmante e relaxante. Esse hormônio continua sendo muito importante ao longo da vida ao estimular a premência do toque e da proximidade.