Tornado atingiu superfície rústico de Gentil neste sábado | REPRODUÇÃO
Um tornado atingiu neste sábado a zona rústico do município gaúcho de Gentil, a Sudeste de Passo Fundo, perto de Marau, no Setentrião do Rio Grande do Sul ,em um dia que é marcado novamente por chuva e raios em diversas regiões do estado gaúcho.
O fenômeno ocorre com um novo incidente de instabilidade que traz chuva possante e temporais isolados em meio ao sinistro das enchentes que assolam o estado pelo evento extremo de chuva do término de abril e o primícias de maio com acumulados superiores a 500 mm em diversas cidades e supra de 700 mm em algumas.
Uma frente semi-estacionária acompanhada de um núcleo de baixa pressão está sobre o Rio Grande do Sul, favorecendo o novo incidente de instabilidade que soma elevados volumes de chuva em algumas regiões, uma vez que a Serra e o Litoral Setentrião.
Embora em superfície a temperatura esteja amena, ar mais quente atua em altitude e cria as condições favoráveis à formação de nuvens carregadas com chuva possante, raios e risco de temporais isolados. O risco de temporais é maior na Metade Setentrião, onde a atmosfera se encontra mais aquecida.
De concórdia com a meteorologista Estael Sias, uma fluente de jato em baixos níveis atuava sobre o Setentrião do Rio Grande do Sul com ar quente. Enquanto em Passo Fundo a temperatura era de 20ºC no meio da tarde, fazia 26ºC logo ao Setentrião na região de Erechim.
“Quando uma fluente de jato em baixos níveis, um galeria de vento possante entre 1000 e 1500 metros de altitude, está atuando e há o progresso de uma frente fria, cria-se uma situação em que ventos sopram em sentidos divergentes na secção baixa da atmosfera e isso favorece a formação de tornados”, explica.
“Por isso, na esmagadora maioria das vezes em que tornados foram registrados no Rio Grande do Sul havia a presença de uma fluente de jato em baixos níveis da atmosfera”, acrescenta a meteorologista da MetSul.
Corrrente de jato em baixos níveis atua no Setentrião gaúcho | METSUL
Moradores da região filmaram o tornado avançando sobre lavouras e árvores no campo, o que deixou um rastro de árvores caídas no meio da vegetação. Os vídeos sugerem um tornado de menor intensidade, entre F0 e F1, capaz de provocar danos, porém não catastróficos. Não houve feridos nem há relatos de danos materiais.
IMAGEM | Tornado no município gaúcho de Gentil neste sábado. Fenômeno ocorreu em superfície rústico do município do Setentrião gaúcho. Saiba mais em https://t.co/8yk3Cmr293. pic.twitter.com/7OavjxAjP5
— MetSul #AjudaRS (@metsul) 11 de maio de 2024
IMAGEM | Novos vídeos mostram a passagem de tornado pelo município gaúcho de Gentil neste sábado. Twister afetou a zona rústico da localidade do Setentrião gaúcho, sobre lavouras e árvores. Saiba mais em https://t.co/8yk3Cmr293. pic.twitter.com/KCZ1g1k6WX
— MetSul #AjudaRS (@metsul) 11 de maio de 2024
Os tornados são fenômenos meteorológicos extremos e destrutivos caracterizados por colunas de ar em rotação intensa que se estendem da base de uma tempestade para a superfície da Terreno. Esses redemoinhos violentos são conhecidos por sua capacidade devastadora, capaz de suscitar grande devastação em segundos a minutos.
A graduação Fujita, frequentemente usada para qualificar a intensidade de tornados, varia de F0 a F5, sendo F5 o mais poderoso. Os tornados geralmente se formam em áreas onde massas de ar quente e úmido encontram massas de ar insensível e sedento, criando condições ideais para o desenvolvimento desses vórtices.
Tornados ocorrem em muitas partes do mundo, incluindo Austrália, Europa, África, Ásia e América do Sul. Até a Novidade Zelândia relata murado de 20 tornados por ano. Duas das maiores concentrações de tornados fora dos Estados Unidos são nas latitudes médias da América do Sul e em Bangladesh.
Muro de 1.200 tornados atingem os Estados Unidos anualmente. Uma vez que os registros oficiais de tornados datam somente de 1950, não se sabe o número médio real de tornados que ocorrem a cada ano. Aliás, os métodos de detecção e relato de tornados mudaram muito nas últimas décadas, o que significa que a estatística hoje considera tornados que no pretérito não entrariam na contabilidade. O Brasil não possui um banco de dados robusto sobre estas ocorrências no país ao longo da história e projetos de verificação e contabilidade de eventos são incipientes.
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