Setembro 21, 2024
Trabalho híbrido vai acabar em todos os lugares? Decisão da Amazon de voltar 100% ao presencial gera dúvidas nas redes

Trabalho híbrido vai acabar em todos os lugares? Decisão da Amazon de voltar 100% ao presencial gera dúvidas nas redes

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O recente movimento de grandes empresas, como a Amazon, de encerrar o trabalho remoto, gerou questionamentos sobre o futuro desse modelo de trabalho. Outras gigantes de tecnologia também decidiram voltar ao presencial. Trabalhadores começaram a discutir a situação de todas as empresas nas redes sociais, como o LinkedIn.

Será que estamos prestes a ver uma nova tendência de retorno aos escritórios? Conversamos com especialistas para entender o impacto dessas decisões e o que podemos esperar no cenário corporativo.

Dalicária Alonso, especialista em recursos humanos pela Universidade de São Paulo e líder de Pessoas na Zippi, startup de crédito, acredita que o movimento de empresas como a Amazon pode influenciar outras companhias, mas ressalta que tudo depende de como a organização foi estruturada.

“Empresas com uma cultura já estabelecida no modelo remoto dificilmente migrariam para o presencial. Já empresas que adotaram o home office durante a pandemia têm maior tendência de retornar”, afirma.

O fim do trabalho remoto?

Apesar dos ajustes observados em algumas empresas, especialistas afirmam que o trabalho remoto está longe de acabar. “Não acredito em extremos como ‘será sempre home office’ ou ‘será sempre presencial’”, afirma Alonso.

Eduardo Nunes, diretor de pessoas na consultoria empresarial Everymind, destaca que estamos vendo apenas ajustes no modelo de trabalho, com novas tendências nascendo, como a semana de quatro dias e a possibilidade de trabalhar para duas empresas ao mesmo tempo.

“Não acredito que veremos uma grande tendência de retorno ao presencial em massa.”

Diante da notícia de que grandes empresas de tecnologia estão encerrando o trabalho remoto, a tendência é todos voltarem ao presencial? Foto: Vadim Pastuh – stock.adobe.com

Setores mais propensos ao retorno presencial

Segundo os especialistas, setores como varejo e telecomunicações, que lidam diretamente com o público, são os mais propensos a voltar ao trabalho presencial.

“Empresas que têm um ambiente físico ou contato direto com o cliente tendem a adotar o modelo presencial. Já empresas de tecnologia, com operações internacionais e equipes distribuídas globalmente, têm mais flexibilidade para manter o trabalho remoto”, afirma Alonso.

Nunes aponta que, no setor de tecnologia, o trabalho remoto ainda tem espaço para crescer, especialmente devido à colaboração virtual entre equipes globais.

Desafios de retornar ao trabalho presencial

Um dos maiores desafios apontados pelos especialistas é a adaptação dos colaboradores. Alonso destaca que muitos profissionais estruturaram suas vidas em torno do trabalho remoto.

“Isso pode resultar em perda de talentos, já que muitos não estão dispostos a mudar suas rotinas de vida por causa da localização do trabalho”, explica.

Nunes alerta que a volta ao presencial pode aumentar a rotatividade, especialmente em empresas que não se comunicarem de forma clara com seus colaboradores.

“Muitas pessoas se mudaram para outras cidades com suas famílias e não terão mobilidade para retornar. Isso pode resultar em um aumento de turnover”, comenta.

Ele ainda destaca que a liderança precisará manter o foco na confiança e na colaboração, pilares do modelo remoto.

Andréa Simões, especialista em educação executiva pela Universidade de Columbia e diretora de gente da Log-In Logística, afirma que o impacto no engajamento e na retenção de talentos será significativo se não houver uma abordagem cuidadosa.

“Precisamos entender o impacto dessa decisão individualmente, e não apenas coletivamente, para desenhar ações que flexibilizem a nova realidade.”

Estratégias para tornar o retorno mais atrativo

Oferecer flexibilidade é um ponto-chave para fazer com que o retorno ao escritório seja mais atrativo para os colaboradores.

“A comunicação clara sobre o porquê do retorno e a flexibilidade de horário são essenciais”, destaca Alonso. Ela sugere que as empresas também devem considerar ajudar os colaboradores com custos de relocação e dar suporte às famílias.

Simões propõe a revisão de salários e benefícios, além de oferecer incentivos financeiros como parte das estratégias para facilitar o retorno ao escritório. “A liderança deve cuidar da transição para o modelo presencial para não perder talentos.”

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