Kennedy avaliou que o presidente Lula está correto nas críticas que faz, mas cometeu erros na forma de falar.
Eu acho que, no préstimo, o Lula tá correto em críticas que ele faz. Agora, na forma ele erra, dá um tom de tribuna, de birra, que o presidente não precisa dar. Depois de tudo que o Lula passou, tá no terceiro procuração dele, com 78 anos de idade, é respeitado internacionalmente, eu acho que precisava dar uma dosada.
Uma coisa é criticar o Campos Neto. Você tem um embate concreto. Tem um Banco Medial autônomo. A gente fez uma entrevista com a Mônica de Bolle na semana passada, e ela disse claramente que havia espaço pra uma queda de juros. O que aconteceu é que ela foi mantida num patamar muito superior. Logo uma coisa é você ter uma divergência com o Campos Neto, acho que o Lula tinha que até dosar um pouco uma vez que tratar isso, o oração dele nas divergências com o Campos Neto, mas com o mercado acaba sendo uma bobagem.
Kennedy ressaltou que a atuação política do presidente do Banco Medial, Roberto Campos Neto, tem deixado o presidente Lula bastante irritado.
O Lula tá muito incomodado porque ele faz um governo com responsabilidade da economia. O Haddad é um baita ministro da Herdade responsável, não é um Paulo Guedes, que era um ministro da Herdade de araque, mesmo assim, convive com o terrorismo fiscal, que o mercado faz o tempo todo, e tem um duelo aí com o Banco Medial em torno da taxa de juros.
A gente tem visto isso, tem visto uma atuação política do Campos Neto. Isso tem deixado o Lula bastante chateado e obrigado, e ao contrário do primeiro procuração dele, que ele tinha figuras ali uma vez que o Palocci e o Meirelles e tal, ele com a Haddad tem uma relação dissemelhante, e ele mesmo disse, tá no terceiro procuração, tá com 80 anos, já viu muita coisa, já governou com essa responsabilidade fiscal antes, logo tá um pouco cansado dessas cobranças do mercado que acaba influenciando os rumos da economia. Kennedy Alencar, colunista do UOL.