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Tribunal Constitucional da Bolívia impõe limite às reeleições e tira Evo Morales das urnas em 2025

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O Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP) da Bolívia decidiu, na noite de sexta-feira, que o presidente e o vice-presidente não podem se candidatar à reeleição de forma indefinida, fixando em dois mandatos — contínuos ou não — o tempo supremo em que poderão permanecer no incumbência. A decisão, que anula uma outra sentença do mesmo tribunal, de 2017, tem porquê efeito inopino o veto a uma novidade candidatura do ex-presidente Evo Morales, que buscava retornar ao poder em 2025.

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A Namoro afirmou que a reeleição indefinida “não é um recta humano”, portanto ela pode ser regulada por regras internas dos países. Com isso, os magistrados anularam uma decisão anterior, de 2017, tomada pelo mesmo tribunal, e que permitiu que Morales se candidatasse a um quarto procuração nas eleições de 2019. O presidente venceu nas urnas, mas o resultado e sua própria candidatura foram questionados pela oposição, que apontou para uma suposta fraude — Morales renunciou ao incumbência em novembro daquele ano, pressionado pelo que ele chamou de “tentativa de golpe de Estado”.

Ao vetar as reeleições indefinidas, o TCP segue a risca defendida pela Namoro Interamericana de Direitos Humanos, que em 2021 já havia determinado que, por não ser um recta humano reservado, um presidente não pode se candidatar mais do que duas vezes ao mesmo incumbência. Esse argumento foi emitido posteriormente uma demanda da Colômbia, relacionada diretamente à situação na Bolívia. Além do presidente e do vice, deputados, senadores e magistrados, em determinadas situações, só poderão se candidatar a novo procuração exclusivamente uma vez segundo a decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional.

Evo Morales foi presidente da Bolívia entre 2006 e 2009, 2009 e 2014, e 2014 e 2019, e depois de sua repúdio precisou deixar o país para não ser recluso pelo governo interino de Jeanine Áñez — que, por sua vez, acabou na prisão. Ele retornou ao país em novembro de 2020, posteriormente a vitória de seu portanto coligado, o atual presidente Luis Arce, nas eleições daquele ano, e não escondeu o libido de retornar à Presidência nas eleições previstas para 2025.

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Mas mesmo antes da decisão do TCP, o caminho de Morales para um quarto procuração se mostrava tortuoso. A iniciar pela disputa interna com Arce: o atual presidente quer concorrer à reeleição, em uma postura que culminou com sua expulsão do Movimento Ao Socialismo (MAS), em outubro. Morales, por sua vez, acusa os governistas de buscarem estratégias legais para inviabilizar sua candidatura, um tanto refutado por Arce e pelo ministro da Justiça, Iván Lima. Para analistas, a inabilitação de Morales pode ser benéfica ao presidente, uma vez que tem o potencial de unificar o voto da esquerda.

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Uma vez que esperado, Morales reagiu de forma enérgica. No X (vetusto Twitter), o ex-presidente boliviano disse que a sentença do tribunal foi “política”, e é “a prova da cumplicidade de alguns magistrados com o projecto obscuro que o governo executa por ordem do predomínio (porquê Morales se refere aos EUA) e com a conspiração da direita boliviana”. Ele tampouco mostrou sinais de que aceitará a decisão de forma pacífica.

“Uma vez que fizeram em 2002 quando os expulsamos do Congresso, os neoliberais se unem para tentar derrotar o MAS e nos expelir política e até fisicamente. Nenhum susto. A luta continua, irmãs e irmãos!”, escreveu Morales no X.

A oposição também reagiu ao pregão. Carlos Mesa, ex-presidente que concorreu contra Morales em 2019 e contra Arce em 2020 — e perdeu para ambos — afirmou que teve “a Presidência roubada com uma fraude monumental”, e que o portanto candidato do MAS “corrompeu a democracia”. “Não pode possuir impunidade para quem causou tantos danos ao país, ou para seus cúmplices”, escreveu no X.

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Em expedido, o governador da província de Santa Cruz Luís Fernando Camacho, de direita, disse que a decisão do TCP foi “a vitória da luta contra a reeleição indefinida”, e que, agora, “os bolivianos têm a certeza de que nunca mais aparecerá um novel de tirano que pise no voto, desconheça o resultado de um referendo, cometa fraude, exclusivamente com a intenção de se perpetuar no poder”.

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