Abril 20, 2025
Trump diz que Putin concordou em iniciar ‘imediatamente’ negociações pelo fim da guerra na Ucrânia

Trump diz que Putin concordou em iniciar ‘imediatamente’ negociações pelo fim da guerra na Ucrânia

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WASHINGTON – O presidente americano Donald Trump disse que o russo Vladimir Putin concordou em dar início às negociações pelo fim da guerra na Ucrânia. Depois de uma conversa por telefone descrita como “longa e altamente produtiva”, Trump sinalizou ainda que eles devem se encontrar pessoalmente. Algumas horas depois, o republicano afirmou que é provável que ele e Putin se encontrem na Arábia Saudita sem definir datas.

“Como nós dois concordamos, queremos parar as milhões de mortes que estão acontecendo na guerra entre Rússia e Ucrânia”, disse Trump sobre a conversa com Putin – a primeira confirmada desde que o republicano voltou à Casa Branca. “Também concordamos que nossas respectivas equipes iniciem as negociações imediatamente.”

Donald Trump e Vladimir Putin em entrevista coletiva durante o primeiro governo do republicano, em 2018. Em conversa por telefone, eles concordaram em dar início às negociações pelo fim da guerra. Foto: Pablo Martinez Monsivais/Associated Press

Trump relatou ter pedido a funcionários do alto escalão do governo que liderem as negociações para encerrar a guerra. E acrescentou que acredita “fortemente” no sucesso do processo.

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Ao descrever a conversa, em publicação na sua rede, a Truth Social, o presidente americano sinalizou ainda que ele e Putin devem visitar-se. “Concordamos em trabalhar juntos, muito de perto, incluindo a visita aos países um do outro”.

Conversando com repórteres após a ligação, Trump disse que eles “provavelmente” se encontrarão primeiro na Arábia Saudita. O presidente disse que a data ainda não foi definida, mas que seria em um “futuro não muito distante”.

Do outro lado, Putin concordou com Trump que “chegou a hora de nossos países trabalharem juntos”, segundo o relato do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. “O presidente Putin mencionou a necessidade de abordar as causas fundamentais do conflito e concordou com Trump que é possível encontrar uma solução a longo prazo por meio de diálogos de paz”, disse.

De acordo com Peskov, a conversa durou cerca de uma hora e meia.

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Trump conversou ainda com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. “Ele, assim como o presidente Putin, quer alcançar a paz”, escreveu na Truth Social. E disse esperar que o encontro de Zelenski com o vice-presidente americano, J.D. Vance, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, esta semana em Munique seja positivo. “É hora de acabar com essa guerra ridícula, em que houve morte e destruição em massa totalmente desnecessárias”.

Por sua vez, Zelenski descreveu a conversa com Donald Trump como “significativa”. “Ninguém quer a paz mais do que a Ucrânia. Juntamente com os EUA, estamos traçando nossos próximos passos para deter a agressão russa e garantir uma paz duradoura e confiável. Como disse o presidente Trump, vamos fazer isso”, escreveu nas redes sociais.

Em campanha, Trump prometeu que acabaria com a “carnificina” em um dia, sem explicar como faria. Agora, o governo americano começa a oferecer vislumbres dos seus planos para acabar a guerra na Ucrânia.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, chamou de irrealista a intenção ucraniana de retomar todo território perdido desde 2014, quando a Rússia tomou a Crimeia. “Perseguir esse objetivo ilusório apenas prolongará a guerra e causará mais dor e sofrimento”, disse ele na sede da Otan em Bruxelas. Os planos para paz, segundo Hegseth, devem incluir garantias de segurança e supervisão internacional de fronteiras, mas sem adesão de da Ucrânia à aliança militar.

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‘Gesto de boa fé dos russos’

A conversa com Vladimir Putin ocorreu um dia após o presidente americano garantir a libertação do professor Marc Fogel, preso desde 2021 por levar maconha medicinal para a Rússia. O acordo com o Kremlin foi negociado em segredo pelo enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

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Marc Fogel voltou para os Estados Unidos, onde foi recebido por Trump na Casa Branca, a bordo do avião de Witkoff. Essa foi a primeira vez que um alto funcionário do governo americano esteve em Moscou desde que William Burns, então diretor da CIA, tentou impedir a invasão da Ucrânia.

O Conselheiro Nacional de Segurança dos EUA, Mike Waltz disse que a troca “representa um gesto de boa fé por parte dos russos e um sinal de que estamos avançando na direção certa para encerrar a brutal e terrível guerra na Ucrânia”.

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Mike Waltz e Steve Witkoff devem integrar a equipe de negociação dos Estados Unidos com o Secretário de Estado, Marco Rubio, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, conforme escreveu Donald Trump em publicação na Truth Social. O presidente não mencionou Keith Kellogg, o seu enviado especial para Rússia e Ucrânia, que tem adotado uma postura mais agressiva com Moscou. Recentemente, ele sugeriu que os EUA poderiam aumentar a pressão com as sanções para forçar o acordo de paz.

Trump sinalizou para seus assessores que encontrar uma saída para a guerra é prioridade para o seu governo.

Casa destruída em ataque com drone em Kursk, na Rússia. Foto: Nanna Heitmann/The New York Times

Durante a semana, Zelenski disse que estaria disposto a oferecer a Putin a área capturada em Kursk, na Rússia, em uma troca de territórios. Se Donald Trump conseguir levar a Ucrânia e a Rússia para a mesa de negociações, “trocaremos um território por outro”, disse Zelenski ao O guardiãosem especificar o que pediria em troca.

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Com 20% do território ucraniano sob o seu domínio, Moscou rechaçou a proposta. “A Rússia nunca discutiu e nunca discutirá a troca de seu território”, disse Dmitri Peskov.

Também esta semana, o Kremlin usou uma declaração de Donald Trump para justificar a anexação de parte da Ucrânia. “Eles podem fazer um acordo ou podem não fazer. Eles podem se tornar russos algum dia ou podem não se tornar”, declarou Trump à Fox News na segunda-feira. Peskov reagiu sugerindo que “parte significativa” dos ucranianos quer ser parte da Rússia.

Trump já fez vários comentários elogiosos sobre o presidente russo, a quem chamou de “gênio” após a invasão da Ucrânia em 2022. Na primeira semana de seu segundo mandato, contudo, foi mais crítico a Putin. “Ele não pode estar satisfeito. As coisas não estão indo tão bem para ele”, disse após a posse. “A Rússia é maior. Eles têm mais soldados para perder, mas esse não é um jeito de governar um país.”/Com AP, AFP, NY Times e W. Post

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