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Veja o problema real que inspirou o diretor do filme

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Um dos filmes mais elogiados de terror do último ano, O Mal que Nos Habita acaba de ser disponibilizado no catálogo da Netflix

“O Mal que Nos Habita”, um dos filmes de terror mais elogiados do último ano, acaba de ser disponibilizado no catálogo da plataforma de streaming Netflix.

No longa-metragem, o público é levado para uma tranquila cidade do interno na Argentina e passa a seguir a saga de dois irmãos que encontram um corpo mutilado. O sítio também revela itens ao lado do morto, que indicam que a vítima tentava varar um demônio.

Assim, os irmãos descobrem que um espírito das trevas dominou o corpo de um morador e fazem de tudo para livrá-lo de seu corpo, no entanto, a situação se agrava quando eles fazem com que outras pessoas sejam afetadas.

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Escrito e dirigido por Demián Rugna, o longa-metragem se passa num universo próprio,repleto de cenas gráficas. Embora hipotético, muitos podem não saber que um problema real o inspirou a gerar “O Mal que Nos Habita”.

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Problema real

Ao participar do Fantastic Fest, no Texas, Demián explicou que ficou intrigado ao ler uma notícia sobre pessoas que moram em regiões de plantações na Argentina e tiveram problemas de saúde.

“Os proprietários dessas terras contaminam as terras com glifosato para matar pragas, são pesticidas. Muitas pessoas que trabalham nos campos acabam sendo diagnosticadas com cancro. Você provavelmente verá uma petiz com cancro, porque eles são trabalhadores. Ninguém fala sobre isso”, disse ele.

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Ao Horror Buzz ele voltou a falar sobre o tópico quando perguntado sobre o que o inspirou: “É do meu país. Muitas terras estão contaminadas por pesticidas. Está causando cancro nos trabalhadores daquela terreno. Há pessoas pobres que vivem nesses territórios. Essa situação gerou a teoria: ‘Que tal, em vez de doençadar-lhes um demônio?’ Essa teoria começou a crescer e o roteiro veio depois. Mudei-me da cidade para a cidade rústico. E a paisagem me inspirou e eu disse: ‘Preciso fazer um filme neste lugar e com esses elementos’, destacou o diretor.

Cena do filme “O Mal que Nos Habita” – Divulgação

Ficção

Ele também disse querer fazer um filme sobre exorcismo que se passa num sítio só, o que representaria um tropeço para essas pessoas.

“Quando eu decidi fazer um filme com um tipo de exorcismo, pensei: ‘Ok, mas o que acontece se as pessoas não conseguirem encontrar um padre? Todos os filmes de exorcismo acontecem em uma cidade grande, um casarão. Mas o que acontece se e eles estiverem no meio do zero, em uma vivenda pobre, onde ninguém se importa? Mesmo o possessor das terras quer se livrar deles. Isso acontece no meu país o tempo todo. Os demônios não, mas todo o resto”, disse ele.

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