Maio 6, 2025
Virginie Viard, a mulher mais importante para a Chanel além da própria Chanel, deixa a marca

Virginie Viard, a mulher mais importante para a Chanel além da própria Chanel, deixa a marca

Continue apos a publicidade

Antes que pedras sejam atiradas: a certeza do título é do próprio Karl Lagerfeld. Ele foi o rabi de Virginie Viard62, por 32 anos a fio – isso mesmo, a estilista passou mais da metade de sua vida com o Kaiser.

A fala está na série documental Reta Final, da Netflix (2018). No incidente com os bastidores da coleção de alta-costura de verão 2018 da Chanel, o couturier explica quem é a mulher influente no ateliê e completamente desconhecida do público.

“É a pessoa mais importante não só para mim, mas para todo o ateliê Chanel. Virginie é o meu braço recta e esquerdo”, ele explica, enquanto ela escolhe as peças que cada protótipo vai desfilar naquela estação.

Virginie e Karl observam a apresentação de verão 2019 da marca.Virginie e Karl observam a apresentação de verão 2019 da marca.

Continue após a publicidade


Virginie e Karl durante apresentação de verão 2019 da Chanel.
Foto: Getty Images

Por razões porquê essa, o transmitido da Chanel dessa quarta-feira, 5.06, pegou boa secção da indústria de surpresa. Posteriormente mais de três décadas na Chanel e cinco anos porquê diretora artística da marca, sucedendo a Lagerfeld depois de sua morte, Virginie Viard deixa a grife francesa.

“Chanel confirma a saída de Virginie Viard em seguida uma rica colaboração porquê diretora artística, em que ela conseguiu renovar os códigos da lar respeitando a legado criativa da marca”, afirma a empresa.

Vale expor que, em entrevista recente, no final do mês de maio, Leena Nair e Philippe Blondiaux, respectivamente CEO e CFO da lar, afirmaram estar satisfeitos com a trajetória construída por Virginie até portanto.

Continue após a publicidade

Segundo a dupla, o sucesso da estilista se traduz em números, porquê as receitas que cresceram 16% no último ano e as vendas que aumentaram 14% no quarto trimestre de 2023. A Chanel, segunda maior etiqueta de luxo que existe, um negócio estimado em murado de 20 bilhões de dólares, viu ainda o seu prêt-à-porter crescer 23%, durante a era Virginie.

Modelos na coleção de cruise 2021 da Chanel.Modelos na coleção de cruise 2021 da Chanel.


Modelos do cruise 2021 da Chanel.
Foto: Getty Images

Ainda não existem informações oficiais sobre o motivo de sua saída, mas o legado da estilista fala por si. Nascida em Lyon, na França, Virginie é neta de fabricantes de seda e estudou tendência com especialização em teatro e cinema. Foi um funcionário do Príncipe Rainier III de Mônaco, um vizinho de sua família, o responsável por apresentá-la a Lagerfeld.

Continue após a publicidade

Assim, a portanto assistente da figurinista de filmes Dominique Borg passou a estagiar na dimensão de bordados de alta-costura da Chanel, em 1987. E nascia ali uma relação íntima de Virginie com Karl Lagerfeld, que se estenderia por décadas.

Leia também: Tudo sobre Karl Lagerfeld.

Em 1992, ela migrou por cinco anos com o rabi para a Chloé. Acontece que o boche, que já havia desenhado para a marca francesa de 1963 a 1983, voltou a colaborar com a lar na dezena de 1990. Em 1997, Virginie estava de volta a Chanel, agora, porquê coordenadora da alta-costura, até assumir a direção de todo o estúdio de design da Maison, na viradela do milênio.

De forma prática, Virginie traduzia os croquis de Karl para os artesãos construírem os sonhos dele em roupa. Geralmente vestida em jeans, blazer e com os cabelos soltos, ela se tornou um dos pilares fundamentais de uma das marcas de tendência mais influentes do mundo, mas com um perfil extremamente simples.

Modelo na passarela do desfile de cruise 2024 da Chanel.Modelo na passarela do desfile de cruise 2024 da Chanel.

Continue após a publicidade


Pormenor do cruise 2024 da Chanel.
Foto: Getty Images

Poucos sabiam, por exemplo, quem era a mulher que, em dezembro de 2018, ao final da apresentação de Métiers d’Art da Chanel, desfilada no Metropolitan Museum, em Novidade York, entrou com Karl Lagerfeld para receber os aplausos finais. Em janeiro de 2019, quando o Kaiser já não podia mais comparecer ao final do desfile de alta-costura, foi a discípula quem o representou.

Eis que, no dia 19 de fevereiro de 2019, o mundo da tendência não só recebeu a confirmação da morte de Karl porquê imediatamente descobriu o seu sucessor: Virginie Viard. No misto de sentimentos que configura a perda de um colega, o alcance de um dos maiores feitos da curso e o duelo de seguir um dos legados mais desafiadores do mercado, Virginie passou a comandar as coleções de alta-costura, prêt-à-porter e acessórios da Chanel.

Nomeada por Alain Wertheimer, o presidente da grife, ela recebeu já na espécie de missiva de coroação o objetivo do seu novo trabalho: levar adiante os legados da fundadora, Gabrielle, e também do estilista que mais tempo ficou avante da marca, Karl. Adicione a isso o zero ligeiro pormenor de que Virginie se tornava a primeira estilista mulher nesta posição, desde a própria Chanel.

Continue após a publicidade
Leia também: Juliette Binoche fala a ELLE sobre interpretar Chanel.
Continue após a publicidade

As redes sociais, com os seus perfis cheios de olhos, dedos e opiniões, fizeram questão de observá-la com lupa. E, ainda assim, Virginie fez uma transição de estilo notável, de forma ligeiro, zero agressiva, respeitando os legados de Gabrielle, Karl e, hoje, olhando com um pouco mais de desvelo, até mesmo dos seus próprios desejos.

Virginie ViardChanel 02Virginie ViardChanel 02


Modelos na passarela de inverno 2022 da Chanel.
Foto: Getty Images

No primeiro desfile sozinha na direção da marca, o cruise de 2020, colocou a protótipo Ola Rudnicka para fechar a apresentação com um vestido preto de golas brancas altas, uma clara referência ao traje-uniforme do predecessor.

Continue após a publicidade

Interessante notar, no entanto, o cenário escolhido. Uma estação ferroviária no estilo art-déco foi construída dentro do Grand Palais, com os nomes das cidades em que a Chanel desfilou e porquê um dia muito desejou Lagerfeld.

Só que não havia trem. Karl Lagerfeld certamente teria construído um trem soltando fumaça, se movimentando porquê em um filme hollywoodiano. Virginie se contentou com bancos oliva retrô para as suas garotas em conjuntinhos de tweed circularem ao volta.

Leia também: A coleção de alta-costura verão 2024 da Chanel.

Difícil não pensar em um ligeiro atrevimento também, quando, na coleção de alta-costura do verão 2023, ela colocou esculturas lúdicas de papelão e madeira em formatos de animais na passarela. Gostoso pensar que, apesar do reverência pelo professor, Virginie fez Lagerfeld revirar no túmulo com um cenário de material reciclado, assinado pelo artista Xavier Veilhan.

Por fim, foi o seu reverência pela lar que marcou sua trajetória. Em seu primeiro Métiers D’Art, o tal desfile de final de ano, em que a Chanel lembra seu savoir faire, colocando à prova os feitos de sua seleção de ateliês, Virginie reconstruiu a histórica loja 31 da Rue Cambon, com sua escadaria espelhada e lustres fantásticos.

Continue após a publicidade

Virginie no finald a coleção de cruise 2024 da Chanel.Virginie no finald a coleção de cruise 2024 da Chanel.


Virginie Viard ao final da apresentação de cruise 2024 da Chanel, em Marselha.
Foto: Getty Images

No cruise 2022, lembrou da relação de longa data entre Chanel e Mônaco. Lá, Gabrielle abriu uma de suas primeiras butiques e construiu, em 1929, a mansão La Pausa. No inverno 2024, o tributo foi a Deauville, sítio onde Gabrielle passou a gerar roupas esportivas e de modelagem emprestada do guarda-roupa masculino, os feitos que a destacaram no prelúdios do século 20.

Leia também: A história da jaqueta Chanel.

Virginie revirou o sentido da lupa para os códigos valiosos da marca, porquê a cidade de Paris, as camélias, o balé, o teatro e o jeitão effortless chic da pequena Chanel, que é tão luxuosa porquê é também “sem tempo, irmão” – ou deveria ser, se pensássemos na força de Gabrielle.

Continue após a publicidade

“Se Lagerfeld foi um estilista para quem patroa tendência, Virginie é uma estilista para quem gosta de Chanel.”

A taxa mais notável de Virginie provavelmente é essa. Com coleções coesas, ela acenou para o eterno frescor que um dia impulsionou a fundadora a gerar essa lar. Esteve sempre lá uma faísca de rebeldia forrada de delicadeza que, se não contemplava a Mademoiselle, ao menos correspondia com a sua própria identidade: Virginie viveu em Londres no auge do movimento Punk e adora um pormenor rock and roll.

Modelo na passarela da coleção de cruise 2024 da Chanel.Modelo na passarela da coleção de cruise 2024 da Chanel.


Padrão na apresentação de cruise 2024 da Chanel, o último resort de Virginie..
Foto: Getty Images

Continue após a publicidade

Com simplicidade e sutileza na imagem totalidade, persistiu em um jeito de vestir menos oferecido a likes e que traz um paisagem humano para a coisa toda. Ou melhor, uma conversa mais sincera com as mulheres. Se Lagerfeld foi um estilista para quem patroa tendência, Virginie é uma estilista para quem gosta de Chanel.

Leia também: A última coleção cruise de Virginie Viard para a Chanel.

O sucessor de Virginie ainda é uma grande incerteza. A Maison afirmou exclusivamente que “uma novidade organização criativa será anunciada oportunamente” e que a apresentação da coleção de alta-costura de inverno 2024 seguirá, assim porquê planejada, no próximo dia 25 de junho, na Ópera Garnier, em Paris.

Para o incumbência, alguns apostam em Pierpaolo Piccioli, o disponível, uma vez que o impressionante designer que elevou a alta-costura da Valentino saiu da marca italiana em março deste ano. Slimane, o chique e abusado, é um boato que nasceu em 2017 e se arrasta até hoje, mesmo ele estando firme e possante na sua Celine sem acento. Sarah Burton, equilibrada e perfeccionista, é a pedida de quem não quer ver o cintilação da Chanel se esfriar e de quem também ficou órfão de sua elegância, desde que ela saiu da Alexander McQueen, no final do ano pretérito.

Vestuário visível é que provavelmente vem olhar estrangeiro por aí, porque dificilmente alguém tão Chanel quanto Virginie Viard há de nascer – foi Karl Lagerfeld quem disse!!!

Continue após a publicidade
Leia mais: a história da marca Chanel.

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista do dedo mensal para assinantes

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *