Março 22, 2025
Vitualhas mais baratos derrubaram primeira prévia do IGP-M de julho, diz FGV | Brasil

Vitualhas mais baratos derrubaram primeira prévia do IGP-M de julho, diz FGV | Brasil

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Vitualhas mais baratosnão muito atacado quanto no varejolevaram ao extenuação da inflação apurada na primeira prévia do Índice Universal de Preços – Mercado (IGP-M), que desacelerou de 0,80% para 0,15% entre junho e julho. A informação é do economista da Instalação Getulio Vargas (FGV) responsável pelo indicador, André Braz.

Foi a menor taxa para primeira prévia em três meses, desde abril (-0,25%). “Não deixa de ser uma boa notícia. Tínhamos muitas pressões [de altas de preços] concentradas no grupo sustento, de onde temíamos inflação mais persistente”, afirmou Braz. Com o desempenho, o técnico não descartou possibilidade de o IGP-M, indicador usado para reajustar aluguelfechar o mês com taxa completa menor do que a de junho (0,81%).

No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Espaçoso (IPA) desacelerou de 0,90% para 0,18% entre a primeira prévia de junho para igual prévia em julho. O setor representa a inflação atacadista e tem peso de 60% na formação do IGP-M. Braz comentou que, no setor atacadista, as duas commodities de maior peso, no conta do IPA, mostraram queda e desaceleração de preço, no período. É o caso de minério de ferro (de 1,09% para 0,90%) e de soja (de 3,88% para 0,51%). Outrossim, das cinco mais expressivas quedas de preço, no atacado na primeira prévia, quatro foram originadas de provisões. É o caso dos recuos de preços observados em batata-inglesa (-9,41%); mandioca (-5,25%); aves (-3,20%) e mamão (-32,08%).

Ao mesmo tempo, no varejo, 30% do totalidade do IGP-M, os preços voltaram a desabar. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) passou de 0,37% para -0,10% entre a primeira prévia de junho e igual prévia em julho. O grupo Sustento voltou a mostrar deflaçãocomentou Braz, passando de 0,73% para -0,63%. “Tivemos potente queda de preços em hortaliças e legumes, de 3,73% para 5,80%”, acrescentou.

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Entretanto, nem tudo no varejo está em queda, admitiu o profissional. Um dos destaques foi a aceleração de preço em gasolina, cuja variação passou de 0,20% para 0,36% entre a primeira prévia de junho para igual prévia em julho, por especulações de mercado, pontuou ele. “E vai subir mais”, frisou.

O técnico lembrou o reajuste anunciado pela Petrobras na segunda-feira (8). De convenção com a empresa, o litro da gasolina subirá R$ 0,20, passando de R$ 2,81 para R$ 3,01, ou subida de 7,12%. Nem todo o aumento, feito nas refinarias, é repassado para as bombas de combustível, lembrou Braz.

“Mas a gasolina pesa quase 5% do IPC, e ficou 15 centavos mais rosto na petardo. Prevemos influência de 0,10 ponto percentual (p.p.) no IPC-M de julho e em agosto impacto de 0,05 p.p. [no IPC-M]” detalhou. Isso representará um aumento em torno de 2,7% no preço da gasolina nos meses de julho e de agosto, acrescentou.

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Ao ser questionado se a gasolina mais rosto deve estugar o IGP-M até o fechamento do indicador, o profissional foi cordato. Isso porque há muitos outros fatores de pressão de preços, para cima e para insignificante, a se considerar também, na formação do IGP-M de julho, não somente a gasolina.

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Ele pontuou que, se, por um lado, a influência do combustível mais custoso é significativa, na formação do indicador, por outro lado há outros itens a mostrar desaceleração e queda de preços, com potencial para prosseguir até término do mês, notou. “Temos os provisões agora desacelerando, no atacado e no varejo. E, no atacado, o minério também está desacelerando de preço” disse.

Braz admitiu, no entanto, que não se pode olvidar a influência cambial no IGP-M. O indicador é muito sensível ao dólarprincipalmente entre os preços do atacado – e a moeda americana tem oscilado muito levante mês.

“Mas se formos confrontar com o IGP-M de junho, acho que, no índice deste mesmo, apostaria mais em uma desaceleração do que em uma aceleração, mesmo com a gasolina mais rosto.”

  - Foto: Scott Warman / Unsplash
– Foto: Scott Warman / Unsplash

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