Zanellato alega contaminação alimentar e cita casos semelhantes

São Paulo (SP) – Após receber a notícia de uma suspensão por dopingNicolas Zanellato utilizou suas redes sociais para apresentar sua defesa. O paulista de 22 anos testou positivo para boldenona, uma substância anabólica, em exame realizado durante o challenger de Ibagué, na Colômbia, realizado em junho.

Zanellato acredita que a substância entrou em seu organismo por contaminação alimentar. Ele justifica essa versão ao afirmar que o esteroide de uso veterinário é utilizado de forma ampla e legal nas criações de gado da Colômbia, país onde ele estava competindo na semana em que foi examinado.

O tenista brasileiro cita até alguns casos semelhantes, envolvendo a britânica Tara Moore e a chilena Barbara Gaticaque foram suspensas provisoriamente por uso da mesma substância entre maio de 2022 e dezembro de 2023. Ambas também competiram na Colômbia e a decisão de um tribunal independente e acatada pela ITIA (Agência Internacional de Integridade do Tênis) foi de que elas não tiveram culpa ou negligência significativa nos casos, liberando-as de punições adicionais ao afastamento temporário.

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“Hoje é um dia muito difícil para mim. Recebi uma punição que considero injusta e motivada por razões que fogem ao meu controle. No dia 12 de agosto de 2024 fui notificado pela ITIA que havia testado positivo para a substância “boldenona”, um esteroide de uso veterinário. Esse esteroide é utilizado de forma ampla e legal nas criações de gado da Colômbia, país onde eu estava competindo quando tive a minha amostra coletada em junho deste ano”, escreveu Zanellato.

“Com muita surpresa e indignação, tenho desde então me defendido e demonstrado para a ITIA todas as provas que possuo e que tenho conseguido obter para comprovar que meu teste positivo se deu em função do consumo em minhas refeições de carne bovina contaminada com “boldenona” durante a semana em que competi na Colômbia”, acrescenta o atual 656º do ranking e que tem como melhor marca da carreira o 458º lugar.

“É importante destacar que existem, inclusive, casos semelhantes ao meu e recentes na Colômbia envolvendo carne contaminada por “boldenona”, como o dos tenistas Robert Farah, Tara Moore e Bárbara Gatica, além de outros diversos casos em países da América Latina. Então sigo confiante de que será uma questão de tempo para a justiça prevalecer no meu caso”, explicou o tenista, que está sem competir profissionalmente desde o início de agosto.

“Sou um atleta profissional de tênis, levo todas as minhas obrigações a sério, principalmente as disciplinares, respeitando à risca os regulamentos. Defendo o jogo limpo, não uso e nunca usarei substâncias proibidas que possam me oferecer benefícios esportivos indevidos, pois não colocaria em risco a minha reputação e história no esporte que eu amo. Tudo o que conquistei até agora devo ao tênis e a minha família, que me apoia incondicionalmente para continuar perseguindo meus objetivos e sonhos profissionais. Nunca foi fácil, mas seguirei lutando para provar a minha inocência e demonstrar que não utilizei intencionalmente qualquer substância proibida”.

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