Setembro 17, 2024
Abbé Pierre ameaçou aqueles que denunciaram suas agressões sexuais, revelam arquivos não publicados – rts.ch
 #ÚltimasNotícias #Suiça

Abbé Pierre ameaçou aqueles que denunciaram suas agressões sexuais, revelam arquivos não publicados – rts.ch #ÚltimasNotícias #Suiça

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As revelações continuam a manchar a imagem do Abade Pierre, outrora admirado pela sua luta contra a pobreza, mas agora acusado de agressão sexual. A correspondência revelada pela Rádio França mostra como ele contestou as acusações e revela as tentativas da Igreja de encobrir estes assuntos.

Publicado sexta-feira, um relatório revela 17 novas acusações de violência sexual contra Abbé Pierre, algumas das quais relacionadas com atos que podem constituir violação ou afetar menores.

>> Leia mais: Abade Pierre alvo de novas acusações de violência sexual, fundação mudará de nome

A Rádio França teve acesso a uma parte inédita das cartas do Abade Pierre, falecido em 2007. Entre esses documentos está uma troca que remonta a 1955, durante sua viagem aos Estados Unidos, onde foi recebido pelo Presidente Eisenhower na Casa Branca.

“Minhas respostas serão brutais, cirúrgicas”

Um estudante, responsável pela organização de sua estadia, alertou então por carta um parente do Abade Pierre sobre seu comportamento suspeito: “Vi tantas coisas durante a viagem, formas de agir por parte do Padre como indivíduo”. Em resposta, o próprio abade Pierre pegou na caneta e deu-lhe um sermão severo: “Saiba que nenhuma recorrência ficará sem resposta e, se necessário, as minhas respostas serão brutais, cirúrgicas”, escreveu ele.

Alguns anos depois, em 1959, em Quebec, a polícia interveio após denúncias, mas o caso não se tornou conhecido. Enviado de volta à França às escondidas, o Abade Pierre escreveu a um cardeal de Quebec, a quem suspeitava ter sido informado de suas ações, para contestar firmemente as acusações feitas contra ele. “Tudo nestas acusações é falso”, indigna-se, ameaçando os seus acusadores com ações legais.

Passagem pela Suíça

A investigação da Radio France também destaca as tentativas da Igreja e da comunidade de Emaús para evitar um escândalo público. As cartas revelam os seus esforços para suprimir os vários casos, chegando ao ponto de enviar o Abade Pierre para a Suíça, para uma clínica psiquiátrica em Prangins (VD), para um longo descanso forçado, esperando assim conter os rumores.

“A Igreja precisava do Abade Pierre, que restaurasse sua imagem e popularidade e não podia permitir que tal escândalo estourasse”, observa a historiadora Axelle Brodiez-Dolino, autora de “Emaús e Abade Pierre“, entrevistado pela Rádio França.

Foued Boukari/jovem

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