Após vitória de Donald Trump, Emmanuel Macron apela à “defesa dos interesses da Europa” #ÚltimasNotícias #Suiça

Emmanuel Macron afirmou esta quinta-feira, 7 de novembro, em Budapeste, que os europeus não devem “delegar para a eternidade” a sua segurança aos americanos e devem “defender” mais amplamente os seus “interesses” contra os Estados Unidos e a China.

De Budapeste, na Hungria, onde se abre a cimeira da Comunidade Política Europeia, Emmanuel Macron estimou esta quinta-feira, 7 de novembro, que a eleição de Donald Trump é “um momento da história” para os europeus.

“Trump defenderá os interesses dos americanos, a questão é se estamos prontos para defender os interesses dos europeus”, garante o Presidente da República.

Apela a “agir”, a “defender” os interesses nacionais e europeus”, a “defender” os “interesses económicos e estratégicos”. O Chefe de Estado apelou à União Europeia para que se considere “como uma potência independente” e que ” retomar o controle”, parando de delegar. Ele então toma como exemplo a geopolítica delegada aos Estados Unidos ou o “modelo de crescimento” aos chineses.

“O mundo é feito de herbívoros e carnívoros”

“Este é um momento da história, para nós, europeus, que é decisivo. Basicamente, a questão que nos é colocada é: queremos ler a história escrita por outros, as guerras lançadas por Vladimir Putin, as eleições americanas, as escolhas feitas pelos chineses em termos tecnológicos ou comerciais ou queremos escrever a história e penso que temos força para a escrever”, disse o presidente francês perante os líderes europeus.

“O mundo é feito de herbívoros e carnívoros, se decidirmos continuar a ser herbívoros, os carnívoros vencerão e seremos um mercado para eles”, continuou Emmanuel Macron.

“Não seria mau optar por ser omnívoros, não quero ser agressivo, só quero que saibamos defender-nos nestes assuntos”, acrescentou, apelando a que sejamos “lúcidos, ambiciosos e determinado neste dia após a eleição americana.

Os 47 países da Comunidade Política Europeia (CPE), composta pelos Vinte e Sete e os seus vizinhos, da Turquia à Ucrânia, reúnem-se esta quinta-feira em Budapeste, antes de um conclave da UE no dia seguinte.