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Inundações devastadoras ceifaram a vida de pelo menos 95 pessoas no sudeste da Espanha durante a noite de terça para quarta-feira, enquanto muitas pessoas continuam desaparecidas em áreas de difícil acesso.
Num breve discurso televisivo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deu o seu apoio às famílias das vítimas e das pessoas afectadas. “Não vamos deixá-los sozinhos”, prometeu ele, pedindo aos moradores que permaneçam vigilantes.
“Não podemos considerar que este episódio devastador acabou”, sublinhou Pedro Sánchez. Há “comunidades inundadas, estradas e caminhos cortados, pontes quebradas pela violência das águas”, lembrou. De outra forma, muitas localidades permanecem inacessíveis.
Inundações sem precedentes
“A situação é terrível”, garantiu aos jornalistas a ministra da Defesa, Margarita Robles, especificando que mil soldados, apoiados por helicópteros, estiveram na zona para ajudar os serviços de emergência.
Entre os municípios mais afetados estão L’Alcudia, na região de Valência, e Letur, na província vizinha de Albacete (região de Castela-La Mancha), onde seis pessoas estão desaparecidas depois que a enchente invadiu as ruas e levou carros.
As autoridades pediram aos residentes que não viajassem por estrada, enquanto o governo central criou uma unidade de crise. “Ainda existem dificuldades de acesso a determinados locais, o que significa que ainda não temos dados completos sobre o impacto” do mau tempo, alertou o rei de Espanha, Felipe VI, num breve discurso. O soberano disse que ficou “arrasado” em mensagem no X no início da manhã.
Como explicar tal fenômeno?
Este fenómeno impressionante, embora raro, pode ser explicado por condições meteorológicas específicas. “No outono, as depressões chamadas gotas frias trazem ar frio para cima, o que, combinado com o calor persistente do Mediterrâneo ou do Atlântico, favorece o desenvolvimento de tempestades intensas”, explicou Lionel na quarta-feira no Forum Fontannaz, meteorologista do Météo Suisse. “Essas depressões tendem a estagnar, resultando em chuvas contínuas e fortes em áreas localizadas.”
Um exemplo recente deste fenómeno foi observado em Ardèche, onde caíram entre 400 e 700 mm de chuva em 48 horas. Estas quantidades de chuva, equivalentes a um ano inteiro de precipitação em certas regiões como Sion, causaram inundações devastadoras.
“A topografia também desempenha um papel importante, porque o relevo e a inclinação do terreno favorecem inundações rápidas e destrutivas, especialmente se houver deslizamentos de terra que são arrastados”, continua Lionel Fontannaz.
>> Veja a entrevista com Lionel Fontannaz no Fórum:
Descarrilamento de trem
A Câmara Municipal de Valência anunciou que todas as escolas permaneceriam fechadas na quarta-feira, assim como os jardins públicos, e que todos os eventos desportivos foram cancelados.
Doze voos que deveriam pousar no aeroporto de Valência foram desviados para outras cidades da Espanha devido às fortes chuvas e ventos fortes, disse a operadora aeroportuária espanhola Aena. Outros dez voos programados para partir ou chegar ao aeroporto foram cancelados.
O operador nacional de infraestruturas ferroviárias Adif suspendeu na noite de terça-feira os comboios de alta velocidade entre Madrid e Valência devido aos efeitos da tempestade nos principais pontos da rede ferroviária. Um trem de alta velocidade com 276 passageiros descarrilou na região sul da Andaluzia, mas ninguém ficou ferido.
A agência meteorológica nacional Aemet declarou um alerta vermelho na região de Valência e o segundo nível de alerta mais elevado em partes da Andaluzia, alertando que as chuvas continuariam pelo menos até quinta-feira.
agências/jtr/iar/hkr
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